Inadimplência no Brasil sobe a 4,6% em abril, afirma Banco Central
No mês, a inadimplência do sistema financeiro ficou estável no segmento de pessoas físicas
Economia|Do R7, com Reuters
A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres chegou a 4,6% em abril, subindo ante o percentual de 4,4% de março, conforme dados do BC (Banco Central) divulgados nesta quarta-feira (27).
A inadimplência do sistema financeiro, referente a operações com atrasos superiores a 90, alcançou 3%, ao elevar-se 0,2 p.p. no mês e 0,1 p.p. em 12 meses. No mês, o indicador permaneceu estável no segmento de pessoas físicas e aumentou 0,2 p.p. no de pessoas jurídicas, situando-se, respectivamente, em 3,7% e 2,3%.
Segundo o BC, o estoque total de crédito no País avançou 0,1% em abril na comparação com março, a R$ 3,061 trilhões. O montante representa 54,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro alcançou 26,4% ao ano em abril, com elevações de 0,5 p.p. no mês e 2,5 p.p. em 12 meses. No crédito livre, o custo médio atingiu 41,8% a.a., com altas respectivas de 0,9 p.p. e 5,4 p.p. Nas contratações com recursos direcionados, a taxa situou-se em 8,7% a.a., após aumentos de 0,3 p.p. e 0,7 p.p.
Nas operações com as famílias, a taxa média apresentou elevações de 0,7 p.p. no mês e 2,8 p.p. em 12 meses, alcançando 33,9% a.a. No segmento livre, a taxa situou-se em 56,1% a.a., após elevação mensal de 1,7 p.p., com destaque para a alta de 8,8 p.p. no crédito pessoal não consignado. No crédito direcionado, registrou-se custo médio de 8,4% a.a., redução mensal de 0,1 p.p., refletindo o declínio de 0,2 p.p. nas taxas dos financiamentos imobiliários.
Nos empréstimos às empresas, a taxa média alcançou 18,5% a.a. em abril, aumentos de 0,4 p.p. no mês e 1,9 p.p. em doze meses. Nas contratações com recursos livres, o custo médio situou-se em 26,6% a.a. (+0,1 p.p. no mês), enquanto no segmento direcionado, a taxa média atingiu 9% a.a., aumento de 0,6 p.p. no mês, com destaque para a alta de 0,8 p.p. nos financiamentos com recursos do BNDES para investimentos.
O spread bancário das operações de crédito situou-se em 17 p.p., após aumentos de 0,6 p.p. no mês e 1,7 p.p. em doze meses, com maior elevação nas operações praticadas com as famílias, cujo spread alcançou 24,3 p.p, (+0,9 p.p. no mês). No crédito às empresas, o spread atingiu 9,3 p.p. (+0,3 p.p. no mês). Nos segmentos livre e direcionado, o spread atingiu 29,3 p.p. e 2,9 p.p., respectivamente, com altas mensais de 1,1 p.p. e 0,2 p.p.