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Número de brasileiros que geram a própria energia cresce quase 400% em um ano

Expectativa da Aneel é de que o Brasil terá 1,2 milhão de geradores próprios até 2024

Economia|Alexandre Garcia, do R7

Política de isenção do ICMS estabelecida pelo governo de alguns Estados auxiliou expansão
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A quantidade de brasileiros que geram a própria energia no País cresceu 378% nos últimos 12 meses e já soma 5.525 famílias e empresas de todo o País, segundo dados do último balanço da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), revelados no mês de setembro. No mesmo período do ano passado, eram contabilizados 1.155 microgeradores em território nacional.

O consumidor residencial lidera a lista dos que mais aderiram à geração da própria energia nos quase cinco anos desde que a microgeração foi autorizada, com 78% das instalações. Eles são seguidos por lojas e comércio em geral, com 15% de participação.

Há ainda uma pequena parcela dos que utilizam de fontes renováveis para geração industrial (2%), de alta tensão (2%), rural (1,4%), no poder público (0,7%) e no serviço público (0,1%).

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De acordo com o assessor da Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, Hugo Lamin, o avanço no número de interessados em gerar a própria energia está diretamente relacionado com a isenção de impostos como o ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias), o que não acontecia nos primeiros anos em que a permissão foi concedida pela agência.


— Apenas quatro Estados ainda não aderiram a essa isenção: Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Roraima. Saber que aquela energia que ele gerou não vai ser tributada funciona como um impulso para o consumidor.

O sócio-diretor da BlueSol Energia Solar Nelson Colaferro avalia que atualmente, a maior parcela da população que decide instalar um sistema de captação de energia em casa tem o objetivo de reduzir o valor da conta de luz. Ele afirma que a medida permite que o consumidor mantenha seu consumo e fique distante da inflação energética, que sempre supera o índice nacional de preços.


— O fator decisivo, já é a economia. Depois, você tem mais 15% ou 20% de pessoas muito ligadas em sustentabilidade e 10% ou 15% de pessoas interessadas em tecnologia.

Apesar do crescimento ao longo dos últimos anos, Lamin reconhece que a quantidade atual de microgeradores de energia pelo País ainda é pequeno a nível nacional, mas prevê um aumento significativo no número de unidades até 2024. Ele afirma que a estimativa é de que 1,2 milhão de unidades consumidoras sejam responsáveis pela própria geração de energia no Brasil ao longo dos próximos oito anos.

— Hoje, a gente pode considerar desprezível [a quantidade de microgeradores] sob o ponto de vista da matriz, mas lá em 2024 isso pode corresponder a 2% ou 3% de toda a matriz energética nacional.

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