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Pandemia derruba PIB dos grandes municípios em 2020, afirma IBGE

Dados mostram que os efeitos das medidas de isolamento variaram conforme a importância do setor de serviços em cada cidade

Economia|Do R7

Quatro cidade concentram quase 20% do PIB nacional
Quatro cidade concentram quase 20% do PIB nacional Quatro cidade concentram quase 20% do PIB nacional

As cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Curitiba (PR), responsáveis por quase 20% do total do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos — brasileiro, lideram as perdas de riquezas em 2020. O primeiro ano da pandemia de Covid-19 foi marcado pelo encolhimento de 4,1% da economia nacional.

De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os resultados acompanham a perda de força registrada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

"Destacamos a perda de participação da atividade de serviços como fator determinante para esses resultados, em especial a atividade de comércio em um cenário de pandemia em 2020”, afirma Luiz Antonio de Sá, analista de Contas Regionais do IBGE.

Conforme os dados, o PIB de São Paulo segue o maior do país, apesar da perda de 0,5 ponto percentual na passagem de 2019 para 2020, de 10,3% para 9,8%. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (4,4%), Brasília (3,5%) e Curitiba (1,2%), com baixas de, respectivamente, 0,4, 0,2 e 0,1 ponto percentual.

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Cidade de São Paulo responde por quase 10% do PIB brasileiro
Cidade de São Paulo responde por quase 10% do PIB brasileiro Cidade de São Paulo responde por quase 10% do PIB brasileiro

Em 2020, nove municípios responderam por quase 25% do PIB nacional e 15,3% da população brasileira: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Curitiba (PR), Osasco (SP), Porto Alegre (RS) e Guarulhos (SP). Já as 82 cidades com maior participação representavam, aproximadamente, 50% da economia total e 35,8% da população nacional.

O analista destaca ainda alguns dos principais impactos do primeiro ano da pandemia nos resultados dos municípios. Segundo ele, os resultados evidenciam que os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre as economias municipais variaram de acordo com a importância das suas atividades de serviços, sobretudo as presenciais. 

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“Esses serviços agregam as atividades com as maiores quedas de participação no país, entre 2019 e 2020, sendo as mais afetadas pelas medidas de isolamento social e queda da demanda durante o ano”, analisa Sá.

Altas

Na contramão dos grandes centros, os cinco municípios com maiores ganhos foram Parauapebas (0,5%) e Canaã dos Carajás (0,3%), ambos no Pará, que aumentaram 0,2 ponto percentual, além de Manaus (1,2%), no Amazonas; Saquarema (0,2%), no Rio de Janeiro; e Itajaí (0,4%), em Santa Catarina, todos os três com aumento em cerca de 0,1 ponto percentual.

Para Sá, a análise resultado com as contas regionais, em que o Pará foi a unidade da Federação que mais ganhou participação. Já Manaus, que também seguiu a tendência de queda na atividade de serviços observada em outras capitais, teve seu resultado amenizado pelas indústrias de transformação, com destaque para a fabricação de equipamentos de informática, concentrada no município.

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