Preço de imóveis usados sobe, enquanto locação e venda caem em SP

O mercado de venda e locação de imóveis na cidade de São Paulo continua em queda, de acordo com dados do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo). O presidente do conselho, José Augusto Viana Neto, afirma que esse foi um “trimestre para esquecer”.

Após ter acumulado queda de 7,2% entre janeiro e março, as vendas de imóveis residenciais usados da cidade de São Paulo caíram 3,02% em abril. E a locação de casas e apartamentos praticamente ficou estável, com redução de 0,2% em comparação com março.

Segundo o Creci-SP, a comparação direta dos resultados de vendas e locação de abril com março indica mais claramente o que pode ser um início de reversão de tendência. Em março, as vendas haviam caído 17,02%, ou 14 pontos percentuais a mais que em abril, enquanto que a locação recuara 18,84%, ou 18,64 pontos percentuais mais que em abril.

— Pode ser um indício de mudança no comportamento do mercado, mas será preciso esperar os resultados das próximas pesquisas do Creci-SP para termos uma definição mais clara.

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Por outro lado, o preço do metro quadrado dos imóveis usados vendidos em abril subiu, em média, 1,87% em relação a março. Nos últimos 12 meses, de maio de 2013 a abril deste ano, o aumento acumulado é de 18,15%, mais de 12 pontos percentuais acima da inflação de 6,28% medida pelo IPCA do IBGE.

Os aluguéis em abril baixaram 0,19% em média na comparação com março, e o aumento acumulado nos mesmos 12 meses é de 7,86%, pouco mais de 1 ponto percentual acima do IPCA.

Financiamento

As 341 imobiliárias consultadas pelo Creci-SP venderam em abril 69,3% em apartamentos e 30,7% em casas. O índice de vendas da capital recuou de 0,3447 em março para 0,3343 em abril, uma queda de 3,02%.

A pesquisa apurou que 57,02% dos imóveis usados foram vendidos em abril com financiamento de bancos e outros 40,35% à vista. Houve ainda 2,63% vendidos a prazo diretamente pelos proprietários.

Os imóveis mais vendidos, com 57,89% das vendas, foram os de preço final até R$ 400 mil. Na divisão por faixa, predominaram as com preço médio de metro quadrado de até R$ 5.000, com 62,5% do total de casas e apartamentos vendidos.

Aluguel com desconto

Quem alugou imóveis na capital em abril conseguiu descontos entre 7,65% e 11% sobre o valor originalmente pedido pelos proprietários de casas e apartamentos em oferta. O número de locações foi 0,2% inferior ao de março, com o índice de locação da capital recuando de 2,1421 em março para 2,1378 em abril.

O seguro de fiança e o depósito de três meses do valor do aluguel foram adotados em 46,09% dos contratos como garantia de pagamento em caso de inadimplência do inquilino. O fiador respondeu por 46,23% dos contratos, outros 5,21% foram garantidos por caução de imóveis e 2,06% foram alugados sem garantia. Houve ainda 0,41% de contratos assinados por cessão fiduciária.

Os imóveis com aluguel mensal até R$ 1.200 somaram 55,69% do total de novas locações em abril, segundo a pesquisa. O aluguel mais barato na capital foi de R$ 513,80 por casas simples de um dormitório, e o mais caro de abril foi de R$ 6.475 por apartamentos de quatro quartos.

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