Saiba como fugir de dívidas e cuidar da grana em 2014
Reservar parte do 13º para contas do início do ano está entre dicas dos especialistas
Economia|Luiz Betti, do R7
Festas de fim de ano, presentes de Natal, viagens de férias. De repente, você percebe que a grana extra do 13º salário já era. A situação é mais comum do que parece, então por que não se programar agora para evitar se endividar logo no começo do ano?
De acordo com o sócio-diretor da Praxis Business, Maurício Galhardo, é importante reservar uma parcela do 13º salário para as contas do começo do ano que “normalmente as pessoas esquecem”, como IPVA, IPTU, material escolar e rematrícula dos filhos na escola, por exemplo.
— As pessoas usam a primeira parcela [do 13º salário] para pagar dívidas e a segunda para fazer dívidas. Entre novembro e dezembro o índice de inadimplentes tende a diminuir, pois as pessoas querem começar o ano sem dívida. Em janeiro, fevereiro e março, por outro lado, o nível volta a subir.
Segundo o especialista financeiro, outra estratégia para fugir das dívidas é deixar as compras para janeiro e fevereiro, quando as lojas entram no período de liquidação.
— É claro que o Papai Noel não espera até janeiro, mas se a compra for para você mesmo, vale a pena esperar até janeiro até o começo do ano.
Investimentos
Com forte valorização neste ano, o dólar foi o investimento que apresentou maior lucratividade em 2013, seguida da aplicação em Tesouro Direto e Fundos DI (veja a lista completa na tabela abaixo).
Para o economista da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira, a moeda norte-americana tende a se valorizar ainda mais em 2014; com isso, recomenda a quem pretende viajar ao exterior ao longo do ano comprá-la no começo do ano.
Miguel recomenda investir na Bolsa de Valores aqueles que aceitam correr riscos e a poupança, quem aplica valores menores e busca um investimento seguro. Um dos investimentos com menor retorno em 2013 são as aplicações em Notas do Tesouro Nacional.
— Todo mundo começou a vender e derrubou o preço [dos títulos]. A tendência é de que papéis muito longos percam valor.
O diretor da Escola de Investimentos Leandro&Stormer, Leandro Ruschel, recomenda antes de escolher a melhor opção de investimento estudar bastante o mercado.
— Não acredite em tudo que seu gerente fala, às vezes existem taxas distintas no mesmo produto. É chato buscar informações em investimentos, mas vale a pena. Uma pequena diferença de rentabilidade ao ano é muito no longo prazo.