Salário médio do brasileiro sobe e desigualdade diminui em 2014
Os 10% que ganham menos recebem R$ 256, já os 10% que ganham mais, recebem R$ 7.154
Economia|Do R7
O salário médio do brasileiro — levando em consideração o rendimento mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais ocupadas — teve leve alta no ano passado em relação a 2013 e chegou a R$ 1.774, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgada nesta sexta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O rendimento médio em 2014 foi 0,8% superior ao de 2013 (R$ 1.760). Em relação a 2013, houve aumentos nas regiões Sudeste (2,5%; de R$ 1.987 para R$ 2.037), Sul (1,4%; de R$ 1.928 para R$ 1.955) e Norte (1,1%; de R$ 1.409 para R$ 1.424).
Porém, as regiões Nordeste (-2,6%; de R$ 1.210 para 1.178) e Centro-Oeste (-2,1%; de R$ 2.123 para R$ 2.078) registraram quedas.
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A média de rendimento para as pessoas pertencentes ao grupo dos 10% de menor rendimento mensal de todos os trabalhos subiu 4,1% entre 2013 e 2014, ficando em R$ 256.
Por outro lado, a média de rendimento para os 10% de rendimentos mais elevados caiu 0,4% no período, ficando em R$ 7.154.
Assim, em 2014, as pessoas com menores rendimentos receberam 3,6% do valor obtido pelas pessoas com maiores rendimentos. Em 2013, essa relação era menor, 3,4%.
Desigualdade caiu
O índice de desigualdade — distribuição do rendimento mensal real de todos os trabalhos — permaneceu em uma trajetória decrescente desde 2004, passando de 0,495 em 2013 para 0,490 em 2014.
A região Nordeste apresentou o maior nível de desigualdade (0,501) e a Sul, o menor (0,442). O índice de Gini mede o grau de concentração de renda, variando de zero (perfeita igualdade) a um (a desigualdade máxima).
Os empregados e trabalhadores domésticos receberam, em média, R$ 1.603 em 2014, cerca de 1,4% a mais do que a média do ano anterior (R$ 1.581). Os trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada mostraram crescimento nos rendimentos de 2,8% (de R$ 928 para R$ 954) e os trabalhadores domésticos sem carteira de trabalho assinada, de 4,4% (de R$ 571 para R$ 596).
Os rendimentos dos trabalhadores com carteira assinada aumentaram 1,3% (de R$ 1.662 para R$ 1.683), enquanto os militares e estatutários apresentaram acréscimos de 3,3% (de R$ 2.858 para R$ 2.951).
Para os trabalhadores por conta própria, o aumento foi de 1,2% (de R$1.468 para R$1.485). A categoria de outros empregados sem carteira de trabalho assinada foi a única que apresentou redução no rendimento médio real do trabalho principal, passando de R$ 1.130 para R$ 1.119 (-1,0%).