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Senadores relatam pressão de eleitores contra reforma da Previdência

Parlamentares estão preocupados com a possibilidade de ficarem marcados pela mudança

Economia|Do R7

Temer retirou servidores da reforma após um pedido de deputados que estavam se sentindo pressionados em suas bases eleitorais
Temer retirou servidores da reforma após um pedido de deputados que estavam se sentindo pressionados em suas bases eleitorais Temer retirou servidores da reforma após um pedido de deputados que estavam se sentindo pressionados em suas bases eleitorais

Os senadores temem que o apoio à reforma da Previdência leve a uma perseguição por parte dos eleitores. De acordo com uma fonte do Palácio do Planalto, os parlamentares estão preocupados com a pressão, principalmente nas redes sociais, a um ano e meio das próximas eleições. Trata-se de um novo problema para o governo, que surge após o atendimento a um pedido dos deputados para retirar os servidores estaduais e municipais da proposta.

Nesta terça-feira (22), o presidente Michel Temer anunciou a retirada dos servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência. A decisão foi motivada por um pedido dos deputados, que estavam se sentindo pressionados em suas bases eleitorais. Alguns chegaram a relatar incômodo por serem alvo de manifestações na porta de suas casas.

Alguns senadores que estiveram no Palácio do Planalto também se preocupam com a possibilidade de ficarem marcados por seu posicionamento a favor da reforma da Previdência. O receio é perder a eleição e, com isso, o direito ao foro privilegiado, em meio às investigações da Operação Lava Jato.

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Por estarem no Distrito Federal, os senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Hélio José (PMDB-DF) são os mais pressionados pelos servidores públicos. Eles relataram que já há outdoors em Brasília e em outras regiões administrativas que criticam os senadores por terem votado a favor da criação de um teto de gastos para a União.

"É preciso um projeto que traga solidez política à opinião pública. Mas a opinião pública é contra esse projeto, inclusive em relação às partes boas dele", disse Cristovam. De acordo com ele, os senadores relataram que o governo está perdendo a batalha da comunicação sobre o tema.

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O senador Hélio José disse que é preciso esclarecer os impactos aos servidores federais na ativa. "Estamos próximos de ficar intransitáveis no DF", afirmou. Cristovam defendeu ainda regras especiais para aposentadoria dos professores e disse ser favorável à retirada dos servidores estaduais da reforma da Previdência.

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Paralelamente a isso, o governo trabalha para rebater as críticas à mudança anunciada na terça na reforma da Previdência. O objetivo é conseguir aprovar nesta quarta o projeto de lei que regulamenta a terceirização na Câmara, para mostrar ao mercado que o governo continua com a meta de adotar medidas que dinamizem a economia, gerem empregos e ajudem as contas públicas.

Participaram da reunião no Palácio do Planalto com Temer e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, os senadores Airton Sandoval (PMDB-SP), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Cristovam Buarque (PPS-DF), Dario Berger (PMDB-SC), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Elmano Ferrer (PMDB-PI), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Hélio José (PMDB-DF), João Alberto Souza (PMDB-MA), José Agripino (DEM-RN), José Maranhão (PMDB-PB), Maria do Carmo Alves (DEM-SE), Marta Suplicy (PMDB-SP), Raimundo Lira (PMDB-PB), Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Waldemir Moka (PMDB-MS).

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