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Volume de serviços prestados no Brasil cresce 0,9% em maio

Manutenção da trajetória positiva põe o setor responsável por 70% do PIB em um nível 8,4% acima do período pré-pandemia

Economia|Do R7

Setor de transportes foi um dos que mais impactaram o avanço dos serviços
Setor de transportes foi um dos que mais impactaram o avanço dos serviços

O volume de serviços prestados no Brasil manteve a trajetória positiva dos últimos meses e avançou 0,9% em maio, na comparação com abril, mostram dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com a terceira alta mensal consecutiva, o setor responsável por 70% do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos bens e serviços produzidos no país — fica 8,4% acima do patamar pré-pandemia, mas ainda aparece 2,8% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em novembro de 2014.

No mês, todas as cinco atividades investigadas pela pesquisa acompanharam o resultado positivo. Para Rodrigo Lobo, gerente responsável pela PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), o crescimento disseminado pelas atividades se tornou mais frequente pelos efeitos da pandemia.

“Antes de 2020, era bem mais raro ver as atividades crescendo de forma simultânea. Isso tem relação com a base de comparação baixa por causa dos efeitos das medidas de isolamento social, especialmente nos serviços de caráter presencial. De lá para cá, com a redução das restrições, essas atividades seguem em ritmo mais acelerado”, analisa ele.


Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o segmento de serviços avançou 9,2%, a 15ª taxa positiva consecutiva nessa base de comparação. Lobo explica que os resultados robustos apresentados pelos serviços de caráter presencial ainda são reflexo do processo de flexibilização das medidas restritivas e do avanço da vacinação, que vêm impulsionando a retomada do setor.

Atividades

Entre os destaques, o setor de transportes, com expansão de 0,9%, foi um dos que mais impactaram o avanço dos serviços em maio. Com esse crescimento, o segmento recupera uma parte da retração de 2,5% registrada em abril. No ano, os transportes acumulam expansão de 14,9%.


De acordo com Lobo, os serviços de tecnologia da informação e de transporte de cargas foram os motores que impulsionaram o resultado do indicador. “O transporte de cargas, especialmente o rodoviário, além de atender à demanda do comércio eletrônico e do setor agropecuário, tem sido importante para o setor industrial, notadamente os bens de capital e os bens intermediários, que são as categorias de uso que operam acima do nível pré-pandemia”, afirma.

Outro grande impacto no índice geral veio do segmento de informação e comunicação, que, assim como o setor de transportes, também avançou 0,9% em maio. Esse resultado é o terceiro positivo consecutivo da atividade, que acumula crescimento de 3,4% nesse período.


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“As empresas desse segmento, como as de desenvolvimento de aplicativos e as ferramentas de busca na internet, permanecem aproveitando as oportunidades de negócio criadas a partir da pandemia, em que serviços como a digitalização, as mídias digitais, as interfaces remotas de comunicação e o armazenamento de dados em nuvem tiveram aumentos expressivos de demanda por parte das empresas”, destaca Lobo.

Já o segmento de outros serviços, ao avançar 3,1%, recuperou parte da perda de 3% registrada no mês anterior. “Esse setor é bastante heterogêneo, reunindo, por exemplo, atividades de apoio à produção florestal, imobiliárias e de conserto de automóveis. Mas as que têm um impacto maior dentro desse setor são os serviços financeiros auxiliares, tais como administração de bolsas, consultoria de investimento financeiro e corretoras de títulos e valores mobiliários”, explica Lobo. 

No mês, o resultado permitiu que o setor de outros serviços voltasse a operar acima do nível pré-pandemia (+1%). No caso dos serviços profissionais, administrativos e complementares, o aumento de 1% em maio implicou a recuperação integral do revés verificado em abril (-0,5%).

Com expansão de 1,9% em maio, os serviços prestados às famílias acumulam ganho de 8,1% nos três últimos meses. Mesmo com o avanço, esse segmento ainda se encontra 7% abaixo do nível de fevereiro de 2020.

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