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Alunos trocam mochilas por malas de viagem em colégios de São Paulo

Apesar do preço salgado, pais aprovam a mudança, que tirou peso das costas dos estudantes

Educação|Do R7*

As malas podem custar até R$ 400
As malas podem custar até R$ 400 As malas podem custar até R$ 400

A troca de mochilas de pôr nas costas por malas de viagem é a nova tendência entre alunos de São Paulo. Os pequenos não querem mais levar o material e os livros nas bolsas coloridas e enfeitadas com personagens de desenhos animados, mas em malas de adultos, de material rígido, sem gracejos e enormes. Alguns modelos comportam mais de 15 kg.

A nova brincadeira sai cara para os pais — que podem ter que desembolsar até R$ 400 pelas malas — e já foi alvo de alerta em alguns colégios porque são usadas como "carrinhos de corrida" nos pátios, como relata Saleide Mendes, mãe de Lorenzo, de seis anos.

— A troca foi uma coisa meio tendência. Só que ela veio em forma de brincadeira, e não como opção mesmo, porque muitas crianças [inclusive meu filho] usam a mochila como carrinho e se jogam em cima dela para brincar.

Mas a moda pegou e tem feito a alegria da molecada. Apesar da ressalva, Saleide diz ver vantagem na troca. 

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— É benéfico porque a criança pode carregar menos peso, mesmo que tenha mais cadernos e livros, em razão do equilíbrio da mochila.

Para Camila Rocha, mãe da aluna Sofia, há uma grande diferença entre a mala de pôr nas costas e a de viagem.

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— Na verdade, a mala de viagem é bem melhor. Mas na escola da minha filha tem uma escada e aí é horrível, porque ela não dá conta de segurar a mochila para subir os degraus.

Saúde

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De acordo com o ortopedista especialista em coluna Ivan Dias Rocha, do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), a troca da mochila é benéfica em alguns pontos.

— Uma vez que os colégios brasileiros não adotam armários em suas instituições, é mais fácil se locomover com a mochila levada em solo.

No entanto, o médico ressalta que a troca também tem pontos problemáticos.

— Se a criança usa ônibus, por exemplo, ela tem de carregar a mochila – e o peso pode ultrapassar aquele indicado. Ou também em calçadas – que não estão preparadas para tal objeto.

Rocha alerta que o peso ideal para ser carregado por crianças dentro de suas mochilas é de 10% do seu peso, ou seja, se um menino pesa 40 kg, o máximo que ele poderia carregar é 4 kg.

*Colaborou Plínio Aguiar, estagiário do Portal R7

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