Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Pai de estudante detido em protesto diz temer ação da PM: "Tenho medo que alunos sejam mortos"

Estudantes relatam truculência da polícia; aluna de 16 anos foi agredida por motorista revoltado

Educação|Do R7

Publicidade
Um protesto contra a reorganização das escolas promovida pela gestão Alckmin terminou, na manhã desta quarta-feira (2), com uma ação truculenta da PM (Polícia Militar) e com a detenção de alunos da Escola Estadual Antônio Alves Cruz, na av. dr. Arnaldo, no Sumaré, zona oeste de SP.  Pais de alunos detidos e estudantes que participavam da manifestação relataram ao R7 os momentos de violência que viveram. O pai de um dos alunos detidos, o corretor de seguros Luiz Braga, falou do medo que estudantes sejam mortos nas mãos de policiais, principalmente à paisana. — Tem gravações que mostram policiais à paisana sacando armas e apontando para estudantes. Temos medo que os alunos possam ser mortos ou alguma outra coisa grave aconteça para que o governo do Estado consiga jogar os pais uns contra os outros. É um estado de guerra anunciado pelo próprio chefe de gabinete do secretário da Educação *Colaborou Victor Labaki, estagiário do R7
A estudante L., de 15 anos, conta que a confusão começou quando a polícia exigiu a saída dos estudantes da via, para que não comprometesse a passagem de veículos que seguiam rumo aos hospitais da região. — Trocamos o sentido da manifestação e ocupamos a via sentido Sumaré. Mesmo assim, a polícia queria que liberássemos faixas para os carros passarem. Mas não tinha sentido deixar os carros passarem e decidimos ficar sentados nas cadeiras que levamos da escola. Foi então que começaram a nos agredir com cassetetes, spray de pimenta. Também enforcaram os estudantes
Outra estudante que participava na manifestação, a secundarista N., de 16 anos, relata que foi agredida por um motorista revoltado com o fechamento da via e que a polícia militar não fez nada para conter a violência. — Um homem começou a dizer que deveríamos ir trabalhar e estudar. Foi então que comecei a argumentar com ele, dizendo que estávamos ali pela melhoria da educação. Em um determinado momento ele me puxou pela janela do carro e começou a me bater. Se não fosse outro manifestante eu teria apanhado mais. A polícia não fez nada além de abrir caminho para ele passar
N. afirma que a manifestação é pela melhora na educação, principalmente na periferia da cidade. — A escola que eu estudo é integral e tem várias coisas ótimas, mas sei que é porque estamos em uma área nobre, que tem mais visibilidade, diferente das escolas da periferia
A mãe de um estudante apreendido, que não quis se identificar, diz que tem acompanhado de perto as ocupações e que presenciou a truculência da Tropa de Choque e as atitudes de diretores e do governo, que tentam tirar a legitimidade do movimento. — É lamentável que o governo do Estado não reconheça os alunos que ele tem. O governo tenta criminalizar os alunos e tenta dar uma ideia de que são vândalos, desregrados, por isso que as escolas parecem prisões. A secretaria achou que a reorganização colaria, já que ela separaria os alunos "perigosos" do ensino médio, dos alunos iniciais, mas não é isso que vemos. Eles estão cozinhando, limpando e vão entregar as escolas melhores do que elas estavam
A mãe conta que viu a tentativa de uma diretora de desocupar uma escola. — Ela está indo contra a lei, uma vez que o TJ (Tribunal de Justiça) entendeu que os estudantes têm o direito de ocupar. A truculência da policia piorou muito nesta segunda-feira, após a reunião do Padula
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo divulga que 191 escolas estão ocupadas por aluno em todo o Estado. A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) relata que, na contagem do sindicato, 207 centro educacionais estão ocupados até esta quarta-feira (2)

1 / 7

Um protesto contra a reorganização das escolas promovida pela gestão Alckmin terminou, na manhã desta quarta-feira (2), com uma ação truculenta da PM (Polícia Militar) e com a detenção de alunos da Escola Estadual Antônio Alves Cruz, na av. dr. Arnaldo, no Sumaré, zona oeste de SP.  Pais de alunos detidos e estudantes que participavam da manifestação relataram ao R7 os momentos de violência que viveram. O pai de um dos alunos detidos, o corretor de seguros Luiz Braga, falou do medo que estudantes sejam mortos nas mãos de policiais, principalmente à paisana. — Tem gravações que mostram policiais à paisana sacando armas e apontando para estudantes. Temos medo que os alunos possam ser mortos ou alguma outra coisa grave aconteça para que o governo do Estado consiga jogar os pais uns contra os outros. É um estado de guerra anunciado pelo próprio chefe de gabinete do secretário da Educação *Colaborou Victor Labaki, estagiário do R7
A estudante L., de 15 anos, conta que a confusão começou quando a polícia exigiu a saída dos estudantes da via, para que não comprometesse a passagem de veículos que seguiam rumo aos hospitais da região. — Trocamos o sentido da manifestação e ocupamos a via sentido Sumaré. Mesmo assim, a polícia queria que liberássemos faixas para os carros passarem. Mas não tinha sentido deixar os carros passarem e decidimos ficar sentados nas cadeiras que levamos da escola. Foi então que começaram a nos agredir com cassetetes, spray de pimenta. Também enforcaram os estudantes
Outra estudante que participava na manifestação, a secundarista N., de 16 anos, relata que foi agredida por um motorista revoltado com o fechamento da via e que a polícia militar não fez nada para conter a violência. — Um homem começou a dizer que deveríamos ir trabalhar e estudar. Foi então que comecei a argumentar com ele, dizendo que estávamos ali pela melhoria da educação. Em um determinado momento ele me puxou pela janela do carro e começou a me bater. Se não fosse outro manifestante eu teria apanhado mais. A polícia não fez nada além de abrir caminho para ele passar
N. afirma que a manifestação é pela melhora na educação, principalmente na periferia da cidade. — A escola que eu estudo é integral e tem várias coisas ótimas, mas sei que é porque estamos em uma área nobre, que tem mais visibilidade, diferente das escolas da periferia
A mãe de um estudante apreendido, que não quis se identificar, diz que tem acompanhado de perto as ocupações e que presenciou a truculência da Tropa de Choque e as atitudes de diretores e do governo, que tentam tirar a legitimidade do movimento. — É lamentável que o governo do Estado não reconheça os alunos que ele tem. O governo tenta criminalizar os alunos e tenta dar uma ideia de que são vândalos, desregrados, por isso que as escolas parecem prisões. A secretaria achou que a reorganização colaria, já que ela separaria os alunos "perigosos" do ensino médio, dos alunos iniciais, mas não é isso que vemos. Eles estão cozinhando, limpando e vão entregar as escolas melhores do que elas estavam
A mãe conta que viu a tentativa de uma diretora de desocupar uma escola. — Ela está indo contra a lei, uma vez que o TJ (Tribunal de Justiça) entendeu que os estudantes têm o direito de ocupar. A truculência da policia piorou muito nesta segunda-feira, após a reunião do Padula
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo divulga que 191 escolas estão ocupadas por aluno em todo o Estado. A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) relata que, na contagem do sindicato, 207 centro educacionais estão ocupados até esta quarta-feira (2)

Um protesto contra a reorganização das escolas promovida pela gestão Alckmin terminou, na manhã desta quarta-feira (2), com uma ação truculenta da PM (Polícia Militar) e com a detenção de alunos da Escola Estadual Antônio Alves Cruz, na av. dr. Arnaldo, no Sumaré, zona oeste de SP.  Pais de alunos detidos e estudantes que participavam da manifestação relataram ao R7 os momentos de violência que viveram. O pai de um dos alunos detidos, o corretor de seguros Luiz Braga, falou do medo que estudantes sejam mortos nas mãos de policiais, principalmente à paisana. — Tem gravações que mostram policiais à paisana sacando armas e apontando para estudantes. Temos medo que os alunos possam ser mortos ou alguma outra coisa grave aconteça para que o governo do Estado consiga jogar os pais uns contra os outros. É um estado de guerra anunciado pelo próprio chefe de gabinete do secretário da Educação *Colaborou Victor Labaki, estagiário do R7

  • ocupação

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.