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Quebra-cabeça leva aluno da periferia de SP para Stanford

Gustavo aprendeu inglês aos 12 anos lendo alguns livros que pertenciam ao seu pai

Educação|Maria Carolina de Ré, do R7

No ano passado, Gustavo ganhou outra bolsa de estudos e foi fazer um curso de verão na universidade de Yale
No ano passado, Gustavo ganhou outra bolsa de estudos e foi fazer um curso de verão na universidade de Yale No ano passado, Gustavo ganhou outra bolsa de estudos e foi fazer um curso de verão na universidade de Yale

A ideia de que a vida é um quebra-cabeça e as experiências são as peças usadas para completar este jogo foi o argumento central da apresentação de Gustavo Torres, de 17 anos, no processo de aplicação para entrar na universidade de Stanford (Estados Unidos). 

Filho de um eletricista e de uma cuidadora de idosos, o jovem do Capão Redondo, periferia de São Paulo, foi aprovado e conseguiu uma bolsa de US$ 56 mil (R$ 148 mil). 

Em entrevista ao R7, ele relembra os argumentos que usou para explicar porque merecia a vaga e a bolsa dizendo que as primeiras peças do quebra-cabeça que compõe sua vida foram conquistadas na Escola Estadual Miguel Munhoz Filho, onde aprendeu a ser mais “extrovertido”.

— Dava aula de matemática para o pessoal do fundão. Antes de conhecê-los era muito fechado. Aprendi a me relacionar melhor com as pessoas interagindo com eles. 

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Experiências

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A inteligência acima da média o ajudou a aprender inglês sozinho, aos 12 anos de idade.

— Estava cansado de jogar viodegame, aí encontrei alguns livros do meu pai e começei a estudar. Eles foram minha base no inglês.

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O bom desempenho acadêmico lhe rendeu recomendações dos professores. Com esse apoio, Gustavo ganhou uma bolsa do Ismart para estudar no colégio particular Santo Américo. 

— Foi meu primeiro choque de realidade. Percebi que havia um mundo totalmente diferente daquele que eu estava acostumado. No colégio Santo Américo tive aula em inglês pela primeira vez na minha vida. Também descobri que a diferença de infraestrutura de uma escola pública e de uma escola particular é muito grande. 

No ano passado, ele recebeu outra bolsa de estudos e foi fazer um curso de verão na universidade de Yale. Essa experiência fomentou seu sonho de estudar numa faculdade americana.

— Já tinha vontade de fazer um curso de graduação fora do Brasil, em Yale esse desejo ficou maior. 

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Falando sobre a última "peça" que encaixou no quebra-cabeça de sua vida, a aprovação em Stanford, o jovem faz questão de agradecer o Alumni Education USA, órgão ligado ao governo dos Estados Unidos que promove o sistema de ensino daquele país, ao Ismart e a Fundação Estudar.

— Estas três instituições oferecem ajuda para alunos com potencial acadêmico e poucos recursos como eu. Eles me ajudaram em todo processo de aplicação. Já consegui a aprovação em Stanford, mas ainda espero respostas do MIT (Massachussets Institute of Technology), da Universidade de Duke e de Harvard. Só vou decidir meu futuro depois que receber todas as respostas.

Projeto social 

Além de se dedicar aos estudos, Gustavo também mantém um projeto social com um colega chamado João Araújo. Os estudantes criaram o programa Descobrindo o Sonho Jovem, para ajudar adolescentes a construir projetos de vida. A iniciativa foi levada a escolas públicas. 

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