Além de tarifa de ônibus, Doria garante que não aumentará IPTU em 2017
Prefeito eleito de São Paulo afirmou que todas taxas municipais serão congeladas
São Paulo|Fernando Mellis, do R7
O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), garantiu nesta segunda-feira (3) que não haverá aumento de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) na cidade em 2017, primeiro ano da gestão dele, assim como qualquer reajuste na tarifa de ônibus.
Ele destacou que nenhuma taxa municipal será aumentada.
— Em 2017, nenhuma mudança. Provavelmente, depois também. Mas vamos ser claros e objetivos e responsáveis também. A minha responsabilidade me dá o direito e a oportunidade de afirmar que em 2017 não teremos nenhum aumento de impostos ou de taxas e nenhum aumento de tarifas. Eu não sou a favor de taxas ou de impostos.
Questionado sobre um reajuste acumulado em 2018, Doria afirmou: “Cada dia com a sua agonia”.
A Prefeitura de São Paulo arrecadou até agosto R$ 5,8 bilhões em IPTU. Haddad se envolveu em uma polêmica em 2013, que chegou a barrar o reajuste do IPTU 2014.
Em 2015, os impostos acrescentaram R$ 22,1 bilhões aos cofres do município e as taxas, R$ 310,3 milhões. Até agosto desde ano, a arrecadação com taxas e impostos somava R$ 16,1 bilhões.
Saúde
Questionado sobre recursos para implementar uma das principais promessas de campanha, o Corujão da Saúde — que prevê acabar com as filas para exames ao realizar procedimentos à noite e de madrugada, em parceria com hospitais privados —, Doria respondeu que o orçamento para 2017 deverá ter verbas e que ainda vai conversar com o prefeito Fernando Haddad sobre o tema.
— Na área de saúde neste ano, o orçamento é expressivo, robusto, R$ 9,9 bilhões. É possível e eu espero que o prefeito mantenha esse orçamento para o ano que vem. [...] O orçamento total de 2017 poderá ser reduzido, mas essa é a versão do prefeito Fernando Haddad. Vamos conversar com ele ainda sobre isso, mas eu entendo que a questão da saúde é tão grave que não seria ali a fazer qualquer tipo de corte. Seria desastroso e nós poderaremos, se necessário for, ao prefeito Fernando Haddad para que não faça nenhum corte no orçamento na área da saúde.
O prefeito eleito destacou que o Corujão, muito criticado por Haddad durante a campanha, é uma solução "emergencial" para desafogar as filas de exames na rede pública municipal. Os convênios vão custar ao município R$ 100 milhões, de acordo com ele.
— Pretendemos priorizar, não é exclusivo, a rede privada. Inicialmente, cerca de 40 hospitais privados para a realização de exames na faixa horária das 20h às 8h. Também vamos utilizar hospitais públicos estaduais que têm uma vacância no horário noturno para a realização de exames. Estes exames com equipamentos modernos e profissionais treinados.
Segundo ele, nem todos terão que ir de madrugada aos hospitais.
A prioridade na faixa horária das 20h às 22h será para pessoas idosas, com deficiência e para gestantes. Os demais serão atendidos na faixa horária das 22h às 8h. E quero esclarecer também que haverá transporte público. Os hospitais privados e estaduais estão distribuídos pela cidade de São Paulo. Nós temos vários outros hospitais que funcionam capilarmente na cidade, portanto próximos das áreas periféricas.