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Eleições 2016

Além de tarifa de ônibus, Doria garante que não aumentará IPTU em 2017

Prefeito eleito de São Paulo afirmou que todas taxas municipais serão congeladas

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Joao Doria foi eleito prefeito de São Paulo em primeiro turno neste domingo (2)
Joao Doria foi eleito prefeito de São Paulo em primeiro turno neste domingo (2)

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), garantiu nesta segunda-feira (3) que não haverá aumento de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) na cidade em 2017, primeiro ano da gestão dele, assim como qualquer reajuste na tarifa de ônibus.

Ele destacou que nenhuma taxa municipal será aumentada.

— Em 2017, nenhuma mudança. Provavelmente, depois também. Mas vamos ser claros e objetivos e responsáveis também. A minha responsabilidade me dá o direito e a oportunidade de afirmar que em 2017 não teremos nenhum aumento de impostos ou de taxas e nenhum aumento de tarifas. Eu não sou a favor de taxas ou de impostos.

Questionado sobre um reajuste acumulado em 2018, Doria afirmou: “Cada dia com a sua agonia”.


A Prefeitura de São Paulo arrecadou até agosto R$ 5,8 bilhões em IPTU. Haddad se envolveu em uma polêmica em 2013, que chegou a barrar o reajuste do IPTU 2014. 

Em 2015, os impostos acrescentaram R$ 22,1 bilhões aos cofres do município e as taxas, R$ 310,3 milhões. Até agosto desde ano, a arrecadação com taxas e impostos somava R$ 16,1 bilhões. 


Saúde

Questionado sobre recursos para implementar uma das principais promessas de campanha, o Corujão da Saúde — que prevê acabar com as filas para exames ao realizar procedimentos à noite e de madrugada, em parceria com hospitais privados —, Doria respondeu que o orçamento para 2017 deverá ter verbas e que ainda vai conversar com o prefeito Fernando Haddad sobre o tema. 


— Na área de saúde neste ano, o orçamento é expressivo, robusto, R$ 9,9 bilhões. É possível e eu espero que o prefeito mantenha esse orçamento para o ano que vem. [...] O orçamento total de 2017 poderá ser reduzido, mas essa é a versão do prefeito Fernando Haddad. Vamos conversar com ele ainda sobre isso, mas eu entendo que a questão da saúde é tão grave que não seria ali a fazer qualquer tipo de corte. Seria desastroso e nós poderaremos, se necessário for, ao prefeito Fernando Haddad para que não faça nenhum corte no orçamento na área da saúde.

O prefeito eleito destacou que o Corujão, muito criticado por Haddad durante a campanha, é uma solução "emergencial" para desafogar as filas de exames na rede pública municipal. Os convênios vão custar ao município R$ 100 milhões, de acordo com ele.

— Pretendemos priorizar, não é exclusivo, a rede privada. Inicialmente, cerca de 40 hospitais privados para a realização de exames na faixa horária das 20h às 8h. Também vamos utilizar hospitais públicos estaduais que têm uma vacância no horário noturno para a realização de exames. Estes exames com equipamentos modernos e profissionais treinados.

Segundo ele, nem todos terão que ir de madrugada aos hospitais.

A prioridade na faixa horária das 20h às 22h será para pessoas idosas, com deficiência e para gestantes. Os demais serão atendidos na faixa horária das 22h às 8h. E quero esclarecer também que haverá transporte público. Os hospitais privados e estaduais estão distribuídos pela cidade de São Paulo. Nós temos vários outros hospitais que funcionam capilarmente na cidade, portanto próximos das áreas periféricas.

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