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Marta Suplicy é acusada de trair ideais feministas

Para coletivos, aliança com PMDB levou candidata a se afastar da luta por direitos da mulher

São Paulo|Giorgia Cavicchioli, do R7

Rótulo de "candidata das mulheres" é questionado por feministas
Rótulo de "candidata das mulheres" é questionado por feministas Rótulo de "candidata das mulheres" é questionado por feministas

A candidata à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PMDB) fez sua carreira política voltada para pautas progressistas. Liderança feminina histórica do PT, a senadora deixou o partido depois de se envolver em brigas internas. Hoje no PMDB, recebe várias críticas de movimentos feministas que entendem que ela abandonou as causas das mulheres para se unir ao presidente Michel Temer e ao deputado cassado Eduardo Cunha, considerados inimigos pelos coletivos feministas.

Em um histórico sobre sua carreira política no site de sua campanha, Marta é apresentada como a “deputada das mulheres”. Eleita duas vezes para o cargo de senadora, ela é autora da primeira lei que estabelece a cota mínima de participação de mulheres em eleições.

Para a professora e cientista política Flávia Biroli, no entanto, a senadora está se afastando de uma luta feminista “a partir do momento em que está em um partido representativo contra os direitos das mulheres”, como os direitos reprodutivos.

Na década de 80, a senadora, que é sexóloga, apresentava um quadro sobre comportamento sexual e tratava de assuntos que são considerados “tabus” até hoje, como menstruação e orgasmo.

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A candidata à vereadora Isa Penna (PSOL) concorda com a avaliação da professora e diz que Marta “não representa as mulheres” nestas eleições: “Não podemos cair no mito da representatividade. É impossível que qualquer candidato do PMDB represente as mulheres. Seja pelo governo Temer, seja pelos projetos de lei que nos atacam”.

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A também candidata à vereadora Sâmia Bomfim (PSOL) fez a mesma avaliação da colega de partido e disse que Marta tenta se colar ao movimento de luta das mulheres neste momento de ascensão, mas que “saiu do PT porque tem críticas a ele e foi parar justo no partido de Michel Temer e Cunha, que são os principais acusados (de machismo) pelo movimento feminista”.

Um dos primeiros momentos da campanha em que Marta foi confrontada com a crítica aconteceu no debate realizado pela RedeTV!, no dia 2 de setembro. Luiza Erundina, candidata pelo PSOL, disse que a senadora apoiava um governo machista. A deputada, que também é ex-petista, questionou: “Como você se sente sendo uma feminista apoiando um governo com essas características”?

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Na resposta, Marta disse que o feminismo é algo “muito importante” para ela e que esperava que a composição ministerial de Temer, que tinha apenas homens na data, mudasse. Em seguida, Erundina disse que Marta não tinha passado no “teste como feminista”.

Procurada pela reportagem para comentar as críticas, a candidata não se pronunciou. 

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