Heródoto, Nirlando Beirão e Kotscho conduziram a sabatina
DivulgaçãoCandidato à reeleição pelo PT, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad mirou sua artilharia no adversário tucano, João Doria, durante sabatina transmitida pela Record News na noite desta sexta-feira (9). Doria aparece em terceiro lugar na disputa, com 16% das intenções de voto, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada hoje. O petista tem 9%.
Haddad citou o nome do adversário em diversos momentos da entrevista. Disse que o tucano não está preparado para governar a cidade porque já voltou atrás em propostas que colocou ao longo da campanha, como a “venda” do Pacaembu. Mas focou as críticas no “Corujão da Saúde”, promessa de Doria de utilizar a rede privada para fazer exames do SUS durante a madrugada.
— O Doria está falando em criar a “Rede Coruja” para atender de madrugada os pobres alugando clínicas. Isso não faz o menor sentido. Se chamar um especialista na área ele vai te dizer que é uma loucura [...] Ele até tirou do programa, porque caiu tão mal, aí ele se finge de morto. Foi criticada até pelo [ex-governador] Alberto Goldman, membro do partido dele, como uma proposta ridícula.
O nome do adversário apareceu também quando Haddad fez críticas ao andamento lento das obras do metrô na capital, responsabilidade do governador Gerald Alckmin, também tucano e padrinho político de Doria.
— O metrô está numa enrascada. Esta semana parou mais uma obra, da Linha-6, o Monotrilho. O slogan do Doria é “acelera”, ele deveria acelerar a obra do metrô.
Mantendo a estratégia de sua campanha, de alegar que a população da cidade desconhece os feitos de sua gestão porque ele não investiu em propaganda, Haddad fez longas explicações sobre as obras entregues e em andamento, além de programas e dados estatísticos do governo municipal. A questão do trânsito é, para ele, um dos destaques de sua gestão.
— Todo mundo reconhece que a questão do trânsito e do transporte melhorou. São Paulo aparecia no ranking de congestionamento do TomTom como o 7° pior trânsito do mundo. Caímos para 58° [...] O número de acidentes caiu drasticamente, reduzimos o número de mortes em 30% e vamos diminuir ainda mais.
Questionado sobre a possibilidade de trazer temas nacionais para sua campanha, o prefeito disse que deve discutir as medidas que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) têm apresentado para conter a crise econômica.
— Aquilo que for do cenário nacional e que disser respeito a São Paulo tem que ser discutido. A emenda constitucional que o Temer mandou para congelar gastos sociais por 20 anos afeta a cidade, então tem que debater.