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Al-Qaeda tenta recuperar terreno diante de recuo do Daesh 

Afirmação é de um membro do alto escalão da Otan, que considera perigosa para os países ocidentais a rivalidade entre os dois grupos

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7, com Reuters

Membros da Al-Nusra, que era leal à Al-Qaeda
Membros da Al-Nusra, que era leal à Al-Qaeda Membros da Al-Nusra, que era leal à Al-Qaeda

Depois de perder terreno para o Daesh, a partir de 2004, a Al-Qaeda tenta agora aproveitar o vácuo deixado pela milícia que ocupou parte do Iraque e da Síria, para recuperar o espaço perdido e voltar a ter a primazia entre os grupos radicais islâmicos. A informação foi dada à Reuters por uma autoridade de alto escalão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nesta terça-feira (4). Ela considera que, com isso, tal rivalidade possa gerar um risco maior para países do Ocidente.

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Há 14 anos, o embrião do Daesh começou a surgir, justamente de uma cisão com a Al-Qaeda, que gerou a Al-Qaeda do Iraque, sob o comando de Abu Musab al-Zarqawi. Após a união com vários grupos sunitas regionais, o Daesh se fortaleceu, pouco depois da morte de al-Zarqawi, em ataque dos Estados Unidos, estabelecendo um califado no país. Foi o momento em que o Daesh tomou efetivamente o espaço que antes era ocupado pela Al-Qaeda, aglutinando vários grupos em torno de si.

Para Arndt von Loringhoven, secretário-geral assistente de inteligência e segurança da Otan, o Daesh, apesar de derrotado tanto pelo exército iraquiano, no Iraque, quanto por forças americanas e russas, entre outras, na Síria, ainda mantém alguma força e tem continuado a recrutar mulheres e crianças.

"O enfraquecimento do Daesh forneceu à Al-Qaeda uma oportunidade de tentar reconquistar seu status anterior", disse Von Loringhoven em uma conferência de segurança sediada pela faculdade IDC Herzliya de Israel.

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"Enquanto o Daesh ocupou a atenção do mundo durante os últimos quatro-cinco anos, a Al Qaeda reconstruiu discretamente suas redes e recursos globais", afirmou, citando atividades na Caxemira, Afeganistão, Síria, Iêmen, Somália e norte da África.

"Muito como o Daesh, o objetivo estratégico da Al-Qaeda é reconquistar a liderança de militantes e extremistas de mentalidade semelhante. A competição por legitimidade, filiados e recrutas entre os dois grandes grupos extremistas globais aumenta a ameaça terrorista em potencial à Otan e nossos parceiros".

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A Al-Qaeda realizou os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, desencadeando guerras lideradas por Washington no Afeganistão e no Iraque. Forças norte-americanas mataram o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, em um esconderijo no Paquistão em 2 de maio de 2011. Pouco depois o Daesh, que se guia por uma forma extremista semelhante de islamismo sunita e já atuava no Iraque, despontou.

No momento, a Al-Qaeda, que tinha o controle da Al-Nusra, tem muito de seus combatentes atuando com a Hay'at Tahrir al-Sham (Organização pela Libertação do Levante), principal força opositora do governo de Bashar a-Assad, na guerra síria.

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