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Anistia Internacional acusa Bahrein de torturar crianças

Menores teriam sido espancados e estuprados em interrogatórios sobre manifestações de 2011

Internacional|Do R7


A avó de Mirza Abdulshaheed, de 12 anos, protestou contra a detenção do neto no ano passado
A avó de Mirza Abdulshaheed, de 12 anos, protestou contra a detenção do neto no ano passado

A Anistia Internacional (AI) acusou nesta segunda-feira (16) as autoridades do Bahrein de torturar crianças detidas durante as manifestações que agitam este pequeno país do Golfo desde 2011.

Em um comunicado, a organização de defesa dos direitos humanos afirma que "dezenas de crianças (...) foram espancadas e torturadas enquanto estiveram detidas nos últimos dois anos", e que, em alguns casos, foram "ameaçadas de estupro para extrair um confissão".

"Para deter e prender suspeitos menores de idade, as autoridades do Bahrein demonstram um flagrante desrespeito pelas suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos", escreveu Said Boumedouha, vice-diretor da Anistia para o Oriente Médio e África do Norte.

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"Todas as pessoas com menos de 18 anos que não cometeram qualquer infração comprovada devem ser libertadas imediatamente", acrescenta, convidando as autoridades de Manama a investigar "todas as alegações de tortura e maus-tratos".


De acordo com a AI, pelo menos 110 jovens entre 16 e 18 anos foram presos em Dry Dock, uma prisão de adultos, durante interrogatórios ou processos por participarem em manifestações.

Todas as crianças menores de 15 anos, condenadas e detidas em uma instituição para menores, foram vítimas de abusos sexuais durante quando entregues à polícia, disse a ONG.


O Bahrein é um dos signatários da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, enfatiza a organização que também lembra que esta convenção proíbe explicitamente a tortura ou tratamento desumano ou degradante cruel.

Desde fevereiro de 2011, o Bahrein é sacudido por protestos da maioria xiita contra a dinastia sunita Al Khalifa, no poder.

De acordo com a Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH), 89 pessoas morreram no Bahrein desde o início dos protestos.

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