Apesar de progresso em metas do milênio, 800 milhões ainda sofrem com fome e pobreza
As novas metas de desenvolvimento sustentável almejam erradicar a pobreza extrema até 2030
Internacional|Do R7
Cerca de 800 milhões de pessoas ainda vivem na pobreza e sofrem com a fome, apesar de as Metas de Desenvolvimento do Milênio da ONU serem a iniciativa contra a pobreza mais bem-sucedida da história, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira.
O número de pessoas que vivem na pobreza extrema, com menos de 1,25 dólar por dia, diminuiu mais da metade –de 1,9 bilhão para 836 milhões em 1990-, afirmou a ONU em um relatório que analisou oito objetivos de desenvolvimento estabelecidos na Declaração do Milênio em 2000.
“Depois de avanços profundos e consistentes, agora sabemos que a pobreza extrema pode ser erradicada dentro de mais uma geração”, afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em comunicado. “As metas contribuíram enormemente para este progresso e nos ensinaram como governos, empresas e a sociedade civil podem trabalhar juntos para obter avanços transformadores”.
Mas o progresso tem sido desigual em diferentes regiões e países, segundo a ONU, e a nova pauta de desenvolvimento sustentável deveria se concentrar nas desigualdades para melhorar as vidas das pessoas mais pobres e vulneráveis.
Trilhões de dólares são necessários para acabar com pobreza até 2030
Os líderes mundiais devem adotar uma série de novos objetivos de desenvolvimento –conhecidos como metas de desenvolvimento sustentável– em uma cúpula da ONU em setembro. As novas metas almejam erradicar a pobreza extrema até 2030.
Os conflitos, que em 2014 deixaram quase 60 milhões de desabrigados em países como Síria, Iraque, República Centro-Africana, Nigéria e Paquistão, continuam sendo a maior ameaça ao desenvolvimento humano, e os Estados frágeis e afetados por conflitos têm as maiores taxas de pobreza, alertou a ONU.
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