De 1944 a 2012, a família do ex-presidente norte-americano John Fitzgerald Kennedy, assassinado durante um desfile presidencial, enfrentou tantas tragédias que não seria exagero pensar que há uma “maldição” jogada sobre o clã.
O mais recente exemplo foi o suicídio, em maio de 2012, de uma nora de Robert “Bobby” Kennedy. A morte de Mary Richardson Kennedy, a segunda esposa de Bobby Junior, foi noticiada pelo jornal britânico The Independent como “A maldição dos Kennedy volta a atacar”.
A sucessão de eventos trágicos na família Kennedy tem como eixo central o assassinato do ex-presidente, em 1963, mas começa antes, em 1944. Em agosto do referido ano, o irmão mais velho de JFK, Joseph Kennedy Jr., morreu com a explosão de sua aeronave durante a Segunda Guerra Mundial.
Quatro anos depois, Kathleen Cavendish, irmã de JFK, morreu em um acidente de avião.
Outro irmão, o já mencionado Bobby, foi assassinado a tiros em 1968, quando começava uma promissora campanha para se tornar presidente.
Em 1984, David Anthony Kennedy, filho de Bobby e testemunha do assassinato do pai, morreu de overdose de cocaína e outras drogas.
Michael Kennedy, outro filho de Bobby, morreu em um acidente de esqui, em 1997.
Dois anos depois, em julho, a família mais uma vez sofre um duro golpe com a morte do filho de JFK, John F. Kennedy Jr.; da mulher, Carolyn Bessette-Kennedy, e da cunhada, Lauren Bessette, em um acidente de avião que ele mesmo pilotava.
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A maldição chegou a ser mencionada em 1969 por Edward “Ted” Moore Kennedy, sobrevivente de um grave acidente de carro naquele ano. Uma funcionária dele, também no carro, não resistiu.
— Por acaso, uma horrível maldição se abateu sobre todos os Kennedy?
Entre teorias de conspiração e estatísticas de mortes dramáticas, pesquisadores ponderam o fato de que a família era muito envolvida com a política e com a vida pública, o que os tornava bastante populares. Para Larry Sabato, cientista político da Universidade da Virgínia, “a teoria da maldição é muito popular porque temos observado muito esta família. Conhecemos cada um de seus membros".
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Já Thomas Maier, jornalista e autor do livro "The Kennedys: America's Emerald Kings", um livro sobre o destino desta família, refuta essa teoria da madição.
— Falar de maldição, como se um deus místico estivesse vingando algo que os Kennedy tenham feito, é absurdo e profundamente ofensivo para a sua religiosidade católica.