Atentado suicida em mesquita deixa 41 mortos no Afeganistão
Pelo menos cinco crianças morreram no ataque
Internacional|Do R7

Pelo menos 41 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nesta sexta-feira (26) em um atentado suicida dentro de uma mesquita da cidade de Maymana, na região norte do Afeganistão, durante as orações da festividade muçulmana de Eid al-Adha.
O homem-bomba, que executou o ataque ao final da oração, usava um uniforme da polícia e detonou os explosivos no meio da multidão dentro da mesquita de Eid Gah, na capital da província de Faryab, afirmou o vice-governador Abdul Satar Barez.
"Nosso último balanço indica 41 pessoas mortas, mas o número pode aumentar", disse à AFP Satar Barez.
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O ataque matou 19 integrantes das forças de segurança afegãs e 22 civis, incluindo cinco crianças, segundo Barez.
Muitos funcionários do governo provincial estavam na mesquita, lotada para o primeiro dos quatro dias do Eid al-Adha, celebrado em todo o mundo.
"Acabávamos de terminar a oração de Eid al-Adha, estávamos nos cumprimentando e abraçando quando aconteceu uma grande explosão, muito forte. Havia uma nuvem de poeira e pedaços de corpos, de policiais e civis, espalhados", explicou.
"Os que deixam os muçulmanos de luto durante a feesta de Eid não podem ser considerados humanos e muçulmanos", afirmou o presidente Hamid Karzai em um comunicado.
O ataque não foi reivindicado até o momento, mas atentados similares são executados com frequência pelos talebans, que tentam derrubar o governo apoiado pelo Ocidente do presidente Hamid Karzai.
O novo atentado foi executado após confrontos violentos no início da semana entre as forças de segurança afegãs e os talebans nesta província.
As autoridades do país anunciaram as mortes de 25 talebans, entre eles o mulá Yaar Mohammad, um comandante considerado o "governador fantasma" de Faryab, durante combates em um mercado local. Cinco policiais afegãos também morreram nos confrontos.
Os insurgentes talebans mantêm "governadores fantasmas" em várias províncias para criar uma autoridade paralela ao governo, cobrando impostos e impondo uma forma radical da lei islâmica aos moradores.
A Otan mantém pouco mais de 100 mil soldados no Afeganistão e pretende, no prazo de dois anos, transferir as tarefas de segurança às forças locais.
O norte do Afeganistão era uma região relativamente calma desde que, em 2001, a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos expulsou do poder os talebans, que concentraram as atividades no sul do país.
Mas nos últimos meses os extremistas ganharam terreno na região norte, apesar da presença de mais de 100 mil soldados da Otan no país.
Além disso, analistas consideram que os talebans também ganham força em Cabul.












