O Comitê de Instrução (CI) da Rússia ofereceu neste domingo uma recompensa de três milhões de rublos, cerca de US$ 50 mil, por "informação valiosa" para a investigação do assassinato de líder opositor liberal Boris Nemtsov.
"As unidades operativas que levam a investigação do caso penal (pelo assassinato de Nemtsov) estão dispostas a pagar uma recompensa importante, de três milhões de rublos, por informação valiosa", diz um comunicado do CI divulgado pela agência "Interfax".
Anteriormente, o Comitê de Instrução fez chamada às pessoas que puderam ser testemunhas do assassinato do dirigente opositor ou que tenham informação sobre o caso a colaborar com a investigação, embora seja de forma anônima.
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O CI informou hoje que voltará a tomar declaração da jovem ucraniana Anna Duritskaya, com quem Nemtsov passeava quando foi morto na noite de sexta-feira. Neste sábado, o porta-voz do CI, Vladimir Markin, indicou que os investigadores manejavam várias hipótese sobre os possíveis motivos do assassinato, inclusive que se tenha tratado de um ataque islamita.
"A investigação dispõe de informação acerca de que Nemstov recebeu ameaças por sua postura frente ao massacre dos jornalista da revista 'Charlie Hebdo'", disse. Markin acrescentou que os investigadores não descartam que o assassinato do líder opositor seja uma tentativa de desestabilizar a situação na Rússia nem que fora um caso de vingança pessoal.
Markin indicou que também não é desprezada a possibilidade de que o crime esteja relacionado com a situação interna na Ucrânia, "já que nas partes em conflito há personagens muito radicais que não obedecem a nenhuma autoridade". Nemtsov era um dos maiores críticos à ingerência da Rússia nos assuntos internos da Ucrânia e tinha denunciado que milhares de soldados russos combatiam na fileiras dos separatista pró-Rússia.