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Brexit será colocado à prova após renúncia de Boris Johnson, diz especialista

Tendo como principal bandeira de seu governo a saída do Reino Unido da União Europeia, primeiro-ministro deixou o cargo em meio a escândalos

Internacional|Letícia Sepúlveda, do R7

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, renuncia ao cargo em Downing Street, em Londres
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, renuncia ao cargo em Downing Street, em Londres

Após um longo período de instabilidade e tentando lidar com os escândalos relacionados ao seu governo, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (7).

Para o professor de Relações Internacionais da Facamp (Faculdades de Campinas) James Onnig, com a saída de Johnson, as marcas de seu governo serão colocadas à prova pela oposição, entre elas o Brexit, nome dado à saída do Reino Unido da União Europeia, principal bandeira levantada pelo político.

“Ele veio com muita força, mas não conseguiu efetivar a imagem de que tudo deu certo. Seu governo se fez pela metade, deixou a desejar principalmente no campo econômico e social.”

"A renúncia também está muito ligada a uma crise do partido conservador, que se relaciona ao modo como o primeiro-ministro governou, apadrinhando pessoas que cometeram atos condenáveis”, conclui.


Um dos grandes escândalos do governo Johnson incluiu uma denúncia de assédio sexual contra o funcionário Chris Pincher, que ocupava um importante cargo parlamentar. Ele renunciou na semana passada após ser acusado de apalpar dois homens. O governo reconheceu que já havia recebido denúncias relacionadas a Pinscher desde 2019.

O primeiro-ministro também passou por investigações relacionadas às festas celebradas em sua residência oficial, durante o período da adoção de medidas restritivas para conter a Covid-19 no Reino Unido. Além disso, ele passou por instabilidades causadas pelo financiamento irregular da reforma do local.


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“Creio que a renúncia não ocorreu antes porque, durante a pandemia, os líderes conservadores perceberam que a troca de governo iria deixar a situação ainda mais instável. Seguraram o Boris Johnson no cargo em meio a essa situação nova para todo o planeta”, explica o especialista.

“Agora, o partido se adiantou para substituí-lo já que seu nome está queimado para disputar as eleições de 2024.”


Troca de governo

O Reino Unido possui o parlamentarismo como sistema político vigente. Após a renúncia de Boris Johnson, o partido conservador irá escolher internamente um novo líder do parlamento e chefe do Governo.

O nome será apresentado aos parlamentares, que por tradição darão um voto de confiança e, em uma questão protocolar, também será apresentado à rainha Elizabeth 2ª antes do novo governo entrar em vigor.

Nesta quinta-feira, durante seu discurso de renúncia, o primeiro-ministro disse que continuará no cargo até o novo líder ser escolhido. O processo está em andamento e o cronograma será divulgado na próxima semana.

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