Cadeia de atentados no Iraque deixa pelo menos 30 mortos e 218 feridos
Ataques são produzidos em um momento de tensão entre o Governo de Bagdá e as autoridades do Curdistão iraquiano
Internacional|Do R7
Pelo menos 33 pessoas morreram e 218 ficaram feridas, nesta quarta-feira (16), em vários atentados em diferentes pontos do Iraque, alguns contra alvos curdos, informaram à Agência Efe fontes policiais.
Os ataques mais sangrentos foram registrados em Kirkuk, que fica a 250 km de Bagdá, onde pelo menos 15 pessoas morreram e 105 ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba conduzido por um suicida próximo a uma sede do Partido Democrático do Curdistão, do presidente da região autônoma, Massoud Barzani.
Pouco depois, outro veículo carregado com explosivos explodiu durante a passagem de um comboio de um dirigente dessa formação, Mohammed Kamal, membro do Conselho Provincial de Kirkuk, que se dirigia ao local do primeiro atentado, deixando um morto e 37 feridos, entre eles o político.
Em Tuz, a 220 km da capital, pelo menos cinco pessoas faleceram e 40 ficaram feridas pela detonação de um carro-bomba estacionado nas proximidades de uma sede da União Patriótica do Curdistão, do presidente do país, Jalal Talabani, e de outra das forças de segurança curdas, "peshmerga".
Veja as principais imagens desta quarta-feira (16)
Em outros ataques na província de Salah ad-Din, quatro pessoas perderam a vida, entre elas um policial, e nove ficaram feridas, disseram as fontes.
Além disso, três policiais morreram e o veículo no qual viajavam foi incendiado em um ataque de homens armados na zona de Al Shaab, ao nordeste de Bagdá.
Na capital, cinco pessoas morreram e 23 ficaram feridas pela explosão de vários artefatos em distintas zonas.
Além disso, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas no norte de Faluja, a 50 km de Bagdá, pela explosão de uma bomba durante o funeral do deputado da aliança opositora Al Iraqiya Saadun al Isaui, morto ontem em um atentado suicida.
Estes ataques são produzidos em um momento de tensão entre o Governo de Bagdá e as autoridades do Curdistão iraquiano pela disputa de várias zonas e uma crise política desencadeada pelos protestos de manifestantes em províncias de maioria sunita.