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Cerco policial a shopping no Quênia tem tiroteio e incêndio

Polícia do Quênia afirma que número incerto de terroristas e reféns continua no local

Internacional|Do R7

Coluna de fumaça sai de shopping onde terroristas ainda mantêm reféns
Coluna de fumaça sai de shopping onde terroristas ainda mantêm reféns Coluna de fumaça sai de shopping onde terroristas ainda mantêm reféns

Membros da milícia radical islâmica Al Shabab, que atacaram no sábado (21) um shopping em Nairóbi, capital do Quênia, continuam nesta segunda-feira (23) dentro do centro comercial, onde um número incerto de reféns continua nas mãos dos terroristas. Passadas 50 horas do massacre que deixou 62 mortos, o dia foi marcado por um tiroteio na hora do almoço e por uma espessa coluna de fumaça que sai do edifício.

O inspetor geral da polícia queniana, David Kismaiyo, não soube informar o número de terroristas nem de reféns que seguem dentro do Westgate, mas assegurou que vários reféns já tinham sido libertados.

Kimaiyo também não pôde esclarecer se os membros de Al Shabab que não saíram ou as pessoas retidas no local permanecem com vida.

No entanto, as informações fornecidas pelas autoridades quenianas são conflitantes.

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Dhiru Dodhhia, responsável pela operação no centro instalado para atender feridos, disse que o interior do centro comercial tinha sido "evacuado".

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Segundo Dodhhia, dentro do edifício já não estão os terroristas e todos os corpos foram retirados. Em razão disso, o centro de atendimento estava sendo desmantelado.

Outras fontes policiais, questionadas pela agência de notícias EFE, não puderam confirmar as informações.

No sábado, militantes da Al Shabab, grupo ligado a rede terrorista Al Qaeda, invadiram o shopping Westgate, frequentado pela elite queniana, e mataram ao menos 62 pessoas.

Desde então, o local segue rodeado por forças do Exército, que tentam invadir o centro comercial para capturar os terroristas e libertar os últimos reféns.

Tiroteio e coluna de fumaça

Hoje, tiros foram ouvidos dentro do local por volta da hora do almoço, algo que também ocorreu nos dois dias anteriores. O ministro queniano do Interior, Joseph Ole Lenku, disse em entrevista coletiva que as explosões ocorreram porque as forças quenianas estavam abrindo caminho à força.

Ole Lenku disse que dois agressores foram mortos nesta segunda-feira, elevando a três o total de militantes mortos até agora. Ele acrescentou que não havia mulheres entre os agressores, embora alguns estivessem travestidos. No entanto, uma fonte de segurança e dois soldados disseram que uma mulher branca estava entre os autores do ataque e foi morta.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, rejeitou a exigência feita no domingo pelos militantes para que o Quênia retirasse suas tropas da vizinha Somália.

Kenyatta, que perdeu um sobrinho no ataque de sábado, disse que não faria concessões na "guerra ao terrorismo" na Somália, onde tropas quenianas há dois anos colocam o grupo Al Shabaab na defensiva, como parte de uma missão de paz patrocinada pela União Africana.

O chefe do Estado-Maior queniano, Julius Karangi, disse que os pistoleiros vieram "do mundo todo", mas não citou suas nacionalidades. "Estamos enfrentando o terrorismo global aqui", afirmou.

Ao longo do dia, uma espessa fumaça emanava de uma parte do complexo. Ole Lenku disse que os militantes incendiaram colchões em um supermercado nos pisos inferiores do shopping. Mais tarde, seu ministério afirmou que o fogo estava controlado.

Em Washington, as autoridades disseram estar monitorando os esforços do Al Shabaab para recrutar militantes nos Estados Unidos, mas afirmaram não ter informações diretas sobre o eventual envolvimento de norte-americanos no ataque de Nairóbi.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descendente de quenianos, disse que os EUA estão oferecendo cooperação ao país africano para lidar com o "terrível atentado" sofrido.

Ole Lenku afirmou ainda que a maior parte do complexo está sob controle das autoridades e que os militantes não têm como fugir.

— Estamos fazendo tudo o que é razoavelmente possível, mas cautelosamente, para encerrar o processo. Os terroristas podem estar correndo e se escondendo em algumas lojas, mas todos os andares agora estão sob nosso controle.

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