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Cidade da França se revolta contra abertura de supermercado brasileiro

O prefeito de Sevran, na Grande Paris, estima que vai perder 350 empregos formais caso o Carrefour não se instale no município

Internacional|Do R7

Franceses não querem atacarejo brasileiro
Franceses não querem atacarejo brasileiro Franceses não querem atacarejo brasileiro

A cidade de Sevran, na região metropolitana de Paris, na França, lançou uma ofensiva contra a rede de supermercados brasileira Atacadão na semana passada.

Encabeçada pelo prefeito da cidade, Stéphane Blanchet, parte da população não quer a instalação de uma unidade do atacarejo na cidade por conta da quantidade de empregos que seria gerada.

A manifestação pede a chegada de uma unidade do Carrefour, que é dona da marca Atacadão desde 2007 e possivelmente criaria mais postos de trabalho na loja no bairro de Beaudottes. A fim de mobilizar a população da cidade, o gabinete do prefeito garantiu que a história não "está mais na fase dos boatos”, o que confirma a chegada da rede brasileira. Em nota, a empresa não confirma a informação (leia abaixo).

Sindicatos da cidade dizem, segundo o diário francês Le Parisien, que “depois de várias reuniões com o grupo Carrefour, não estamos tranquilos quanto ao futuro do local”. A prefeitura chegou a criar um abaixo-assinado com os dizeres: "Não ao Atacadão". 

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De acordo com a mensagem online publicada na última quinta-feira (2) no site da prefeitura, a instalação da loja do Atacadão, que costuma vender em grandes volumes com preços atrativos, ameaçaria "o emprego", o "comércio local", o "tráfego rodoviário nas imediações", "o projeto de melhoramento do bairro em ligação com a estação de trem" e "os hábitos dos clientes ligados às suas lojas".

O prefeito também escreveu no Twitter: "Este projeto de baixo custo do Carrefour ameaça 350 empregos em #Sevran, abre caminho para todos os carros, degrada a oferta comercial e põe em causa o projeto de cidade sustentável, ecológica e solidária que estamos a construir".

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No fim de janeiro, Zohra Abdallah, uma dirigente sindical da cidade, questionou: o que seria desses empregados se o projeto se concretizasse? “Eles serão transferidos para o franqueado, mas perderão todas as garantias que temos no Carrefour”, afirmou.

“Qualquer transição para o franchising […] é sempre objeto de um diálogo social específico, permitindo que os colaboradores continuem a se beneficiar das suas vantagens durante um determinado período”, informou o Carrefour ao diário Le Parisien, sem confirmar nem desmentir a futura loja do Atacadão.

Em resposta ao R7, a rede brasileira informou que "não foi feita, ainda, a definição sobre a localização da futura loja do Atacadão na França".

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