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Colômbia busca "Plano B" para acordo de paz com as Farc

Presidente do país busca formas de reverter a negação ao acordo 

Internacional|Da Ansa

Acordo de paz entre Colômbia e Farc foi rejeitado
Acordo de paz entre Colômbia e Farc foi rejeitado Acordo de paz entre Colômbia e Farc foi rejeitado

Após a vitória do "não" ao acordo de paz assinado entre o governo colombiano e os líderes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da ColômbiaPre), o presidente Juan Manuel Santos tenta por em prática uma espécie de "plano B" para a paz.

Depois uma reunião com os principais líderes de partidos do país, o mandatário informou que todos respaldaram a formação de uma "comissão ampla" que permita a existência de um "diálogo nacional" para a paz.

No entanto, o principal "vencedor" do referendo, o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, foi convidado mas não compareceu ao encontro político. Em nota, sua sigla, o Centro Democrático, afirmou que vai "apoiar um grande pacto nacional" desde que "se escute nossas motivações".

Uribe foi o grande opositor ao documento assinado entre Santos e Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido por "Timochenko", que colocava fim a 52 anos de conflito armado.

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Em votação apertada, colombianos rejeitam acordo de paz com as Farc

O ex-mandatário não aceitava, por exemplo, a troca de penas judiciais por penas mais brandas de trabalho voluntário ou reformas na legislação — conforme o documento assinado oficialmente previa. Sabendo de sua vitória, Uribe já informou que impõe condições para o novo acordo.

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— Queremos um grande pacto nacional e nos parece fundamental que, em nome da paz, não se criem riscos aos valores que a tornem possível. Insistimos em punições para que haja respeito à Constituição, não substituição. Pluralismo político sem que possa haver prêmio ao crime. Política social sem colocar em risco as empresas.

Toda a negociação de paz ocorreu em Havana (Cuba) e contava com o respaldo da comunidade internacional, envolvendo diretamente, até mesmo, a participação de um representante do Vaticano. No entanto, a oposição a Santos reclamava que eles não eram consultados sobre as decisões e que ficaram "de fora" do pacto.

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Por isso, os líderes das negociações voltaram a reunir-se para definir o que farão e o que aceitam mudar no acordo para tentar atingir a tão almejada paz. Porém, o chefe das negociações do governo, Humberto de la Calle, anunciou que colocou seu cargo "à disposição" do presidente Santos "porque eu não serei um obstáculo para o que vai acontecer".

— Mas, repito, sempre continuarei a trabalhar pela paz sem parar no local onde eu puder ser útil.

Por sua vez, as Farc anunciaram que irão se manter na mesa de negociações para tentar encontrar um novo acordo. 

O conflito armado entre a Colômbia e as Farc é considerado o mais longo da história das Américas e já deixou mais de 220 mil votos. Apesar de ter sido chancelado pela ONU e pela comunidade internacional, o acordo foi rejeitado por 50,23% dos votantes, em um pleito que registrou mais de 64% de abstenção.

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