Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Comissão que vai apurar fuga de senador boliviano é nomeada

Punições para diplomata podem ir de uma simples advertência até a exoneração da carreira 

Internacional|Do R7

A comissão que vai apurar a saída do senador boliviano Roger Pinto Molina da Embaixada do Brasil em La Paz e sua entrada em território nacional foi nomeada em portaria publicada nesta terça-feira (27) no Diário Oficial da União.

O grupo, composto por três pessoas, será presidido pelo assessor especial do ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Dionísio Carvalhedo Barbosa. Também foram nomeados para a comissão o embaixador Clemente de Lima Baena Soares e a embaixadora Gilvânia Maria de Oliveira.

O alvo do inquérito é o diplomata Eduardo Paes Saboia, encarregado de negócios na Bolívia (o equivalente a embaixador interino), apontado como principal responsável pela retirada do senador da embaixada. Em entrevistas a vários órgãos de imprensa, Saboia disse ter agido por humanidade porque o senador estava deprimido, falava em suicídio e estava com problemas renais.

Patriota diz que saiu para "preservar a instituição"

Publicidade

Conheça o ritual para a possível extradição do senador boliviano

Bolívia diz que quer resolver impasse com o Brasil por meio da diplomacia

Publicidade

Por enquanto, a assessoria do Itamaraty não informa os procedimentos legais envolvendo a sindicância, como o tempo que levará nem as punições previstas. Mas, pelas regras do ministério, as punições podem ir de uma simples advertência, passando por suspensão temporária até a exoneração da carreira.

A exoneração do ex-chanceler Antonio Patriota também foi publicada no diário de hoje, bem como a nomeação de Eduardo dos Santos para exercer interinamente o cargo de ministro de Relações Exteriores, enquanto não chega ao País o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, escolhido pela presidente Dilma Rousseff para ocupar o cargo.

Publicidade

Entenda o caso

Roger Pinto Molina, senador boliviano opositor do presidente Evo Morales, ficou abrigado por 15 meses na embaixada brasileira desde que pediu asilo político ao Brasil. O salvo-conduto era negado pelas autoridades bolivianas sob alegação que o parlamentar responde a processos judiciais no país.

Na sexta-feira (23), o parlamentar deixou a embaixada, em um carro escoltado por militares brasileiros, com a ajuda de Eduardo Saboia. O boliviano chegou neste domingo (25) ao País por Corumbá (MS), onde se encontrou com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Os dois voaram em seguida para Brasília.

A fuga do senador provocou uma crise diplomática com a Bolívia, que levou ontem à demissão do chanceler Antonio Patriota. 

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.