Correa é franco favorito para ganhar reeleição no Equador
Pesquisas de opinião apontam uma vantagem de até 50 pontos percentuais sobre o mais próximo de seus sete rivais
Internacional|Do R7
O presidente equatoriano, Rafael Correa, um dos líderes de esquerda mais combativos da América Latina, deve ganhar facilmente a reeleição no domingo (17) graças aos gastos pesados do Estado, que têm beneficiado os pobres.
O combativo economista treinado nos EUA conquistou forte apoio usando os ganhos de petróleo para dar dinheiro para cerca de 2 milhões de pessoas e ampliar o acesso à saúde e educação.
Correa tem uma vantagem de até 50 pontos percentuais sobre o mais próximo de seus sete rivais nas pesquisas de opinião.
Luis Paredes, de 38 anos, que dirige uma pequena empresa de reparação de móveis de escritório, falou sobre o governo em um comício de Correa, em Quito.
— Eu noto as mudanças. Eu me beneficiei de iniciativas para ajudar as pequenas empresas. Meus parentes estão recebendo subsídios para os menos favorecidos. Esses são fatos, não palavras.
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O confronto de Correa com as companhias petrolíferas e os investidores de Wall Street o ajudou a aumentar o fervor nacionalista, mas suas explosões impulsivas e recusa a tolerar a dissidência também levaram os críticos a descrevê-lo como um autoritário sedento de poder.
Ele tirou uma licença de ausência da Presidência para se concentrar na campanha, e nas últimas seis semanas tem incansavelmente visitado aldeias andinas, cidades da Amazônia e favelas urbanas no país de 15 milhões de habitantes.
"Nós já temos um presidente, temos Rafael!", é um grito comum em comícios de sua campanha.
Três pesquisas respeitadas mostram Correa, que chamou a atenção do mundo no ano passado ao conceder asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, como o favorito claro.
A empresa de sondagens Perfiles de Opinión recentemente mostrou-o com 62% de apoio. Para evitar um segundo turno, Correa precisa ganhar 50% dos votos, ou 40% com uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado.
Correa está no poder há seis anos e uma vitória no domingo daria a ele mais quatro anos. Na década antes de ele assumir, três presidentes foram derrubados por golpes militares e protestos de rua.
Sua reeleição poderia ajudar a fortalecer o bloco ALBA de líderes esquerdistas na América Latina. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, tem sido o líder indiscutível do grupo anti-EUA, mas ele está lutando contra o câncer e pode não ser capaz de permanecer no poder.
Partidários admiram o estilo firme de governar de Correa, mas outros se incomodam com seu modo impetuoso e sua propensão para o confronto com jornalistas e banqueiros.
Guillermo Lasso, um ex-banqueiro e rival mais próximo de Correa, tentou atrair os eleitores com promessas de que vai baixar os impostos e fomentar crescimento do setor privado. Lasso chama Correa de seguidor do "socialismo franquia" que copia as políticas que Lasso diz terem falhado na Venezuela e em outros países da América Latina.
Mas a recente pesquisa do Perfiles de Opinión mostrou que Lasso não conseguiu reduzir o apoio de Correa e deve ganhar apenas 9% dos votos.
Os outros seis candidatos da oposição vão desde o ex-aliado de Correa Alberto Acosta, um esquerdista com uma forte agenda ambiental, até o magnata da banana e cinco vezes candidato presidencial Alvaro Noboa.
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