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Crise após protestos faz Raúl Castro reaparecer em Cuba

Ex-presidente participou de reunião com gabinete do governo para discutir reações às manifestações de domingo

Internacional|Do R7, com AFP

Raúl Castro havia se aposentado em abril, durante congresso do partido
Raúl Castro havia se aposentado em abril, durante congresso do partido Raúl Castro havia se aposentado em abril, durante congresso do partido

Após as manifestações do último domingo, Havana, capital de Cuba, estava em uma aparente calma nesta terça-feira (13), embora com grande presença militar e agentes vestidos de civis, ainda que a internet móvel, motor dos protestos, ainda estivesse com sinal suspenso na ilha.

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Essas manifestações inéditas, geradas pela crise econômica que abala o país e que resultou em confrontos com as forças de segurança, irritaram o governo comunista, que acusava os Estados Unidos de estarem por trás dos protestos.

Dada a gravidade da situação, Raúl Castro teve que sair da aposentadoria. Com 90 anos, o ex-presidente e autor da revolução junto ao seu irmão Fidel, que havia se aposentado em abril e passado o poder máximo como líder do Partido Comunista a Díaz-Canel, que é presidente de Cuba desde 2018.

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Apesar de estar aposentado, no domingo participou de uma reunião do gabinete político do Comitê Central do PCC, na qual "analisaram provocações orquestradas por elementos contra-revolucionários, organizados e financiadaos pelos Estados Unidos com propósitos desestabilizadores", disse o jornal Granma, órgão informativo do partido.

Os 14 membros do gabinete que representa o coração do poder cubano, "abordaram também a exemplar resposta do povo ao chamado do camarada Díaz-Canel para defender a Revolução nas ruas, o que permitiu derrotar as ações subversivas", acrescentou a publicação.

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"A #RevoluçãoCubana não vai dar o outro lado da face a quem a ataca em espaços virtuais e reais", tuitou o presidente Miguel Díaz-Canel na segunda-feira. "Evitaremos a violência revolucionária, mas reprimiremos a violência contra-revolucionária".

130 detidos

Segundo ONGs, cerca de 130 pessoas permaneciam detidas em Cuba nesta terça. De acordo com uma lista publicada ao meio-dia desta terça-feira no Twitter pelo Movimento San Isidro, os nomes incluíam José Daniel Ferrer e Manuel Cuesta Morua, dois dos principais opositores do país.

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Os números oficiais sobre as prisões não foram divulgados.

Julie Chung, secretária de Estado Adjunta dos Estados Unidos para as Américas, também denunciou via Twitter a "violência e prisões de manifestantes cubanos e desaparecimentos de ativistas - incluindo @cocofarinas (Guillermo Fariñas), @jdanielferrer da UNPACU, @Mov_sanisidro, @LMOAlcantara (Luis Manuel Otero Alcántara)".

"Pedimos sua libertação imediata", acrescentou.

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