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Cristina Kirchner chama referendo das Malvinas de paródia

Argentina reivindica uma negociação bilateral sobre a soberania do arquipélago

Internacional|Do R7

Para o governo argentino, o referendo foi uma "manobra midiática". Imagem de arquivo
Para o governo argentino, o referendo foi uma "manobra midiática". Imagem de arquivo JUAN MABROMATA/AFP

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chamou o referendo nas ilhas Malvinas de "paródia", na noite desta terça-feira (12), após a vitória esmagadora do "sim" à permanência do território sob o domínio britânico.

"O que é importante hoje é a posição dos Estados Unidos sobre esta espécie de paródia de referendo. A porta-voz do departamento americano de Estado disse que continuam reconhecendo que existe um conflito de soberania entre a Argentina e a Grã- Bretanha", declarou Kirchner em um discurso na Casa Rosada, sede do governo argentino.

Kirchner destacou que a porta-voz Victoria Nuland afirmou que o que os habitantes das Malvinas fizeram "não altera a posição diplomática dos Estados Unidos, que sempre encorajaram resolver a disputa pela via diplomática do diálogo".

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Do total de 1.672 eleitores da Malvinas, 92% participaram do referendo entre domingo e segunda-feira e 99,8% votaram a favor de continuar sob o domínio britânico.


A embaixadora argentina em Londres, Alicia Castro, já havia qualificado o referendo de "manobra midiática que reflete a debilidade da posição" de Londres.

A diplomata sustentou que o resultado da consulta "expressa a opinião dos cidadãos britânicos contra milhões e milhões de pessoas que reconhecem a soberania argentina" sobre as Malvinas.


O governo argentino afirma que o referendo é ilegal e sem fundamento jurídico por considerar que os habitantes das Malvinas são uma população implantada desde a ocupação do Reino Unido, em 1833.

"Ao contrário de outros casos de colonização, este referendo não foi convocado pelas Nações Unidas, nem conta com sua aprovação ou supervisão", argumentou Castro.

"Eles são britânicos e a lei britânica os reconhece como tais, mas o território que habitam não é [britânico]", afirmou por sua vez a embaixadora argentina.

Castro destacou que a Argentina "não tenta mudar sua identidade e seu modo de vida, mas há um direito que não têm, que é o de decidir sobre o destino de nosso território ou resolver a disputa da soberania".

Já o primeiro ministro britânico, David Cameron, pediu nesta terça-feira que a Argentina "respeite" o resultado do referendo.

"Os habitantes das Falkland [nome britânico das Malvinas] não poderiam ter falado de forma mais clara. Querem continuar sendo britânicos e todo o mundo, inclusive a Argentina, deveria respeitar este ponto de vista", afirmou Cameron.

O premier se mostrou "encantado" com o resultado da votação.

A Argentina reivindica uma negociação bilateral sobre a soberania das Malvinas, enquanto o Reino Unido afirma que os habitantes das ilhas têm direito à autodeterminação e que devem participar das negociações.

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