Democratas mantêm maioria no Senado; republicanos controlam Câmara
Equilíbrio de poder foi mantido nos Estados Unidos
Internacional|Do R7, com agências internacionais
O equilíbrio de poder não sofreu alterações no Congresso dos Estados Unidos após as eleições desta terça-feira (6), segundo projeções da mídia norte-americana. O Senado continuará sob controle do Partido Democrata, o que representa mais um revés para os republicanos, que tentam conseguir a maioria na câmara alta desde 2006. Já a Câmara de Representantes (similar à Câmara de Deputados no Brasil) continuará sendo controlada pelos republicanos.
Na terça-feira, foi eleito um terço das 100 cadeiras do Senado americano, que até agora era ocupada por 23 democratas e dez republicanos. Elizabeth Warren venceu o senador republicano Scott Brown no estado de Massachusetts, onde os republicanos tinham depositado esperanças para recuperar o controle da câmara alta. Os democratas também conquistaram a vaga de Indiana e mantiveram o apoio em Estados que já dominavam, como Wisconsin e Virgínia.
Embora o controle do Senado não mude de mãos, poderá se tornar uma instância legislativa mais polarizada, já que haverá menos políticos moderados nas filas dos partidos.
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De acordo com dados preliminares, os republicanos conservarão a maioria na câmara baixa, onde atualmente têm 242 cadeiras, contra as 193 dos democratas. A vitória mais significativa para os republicanos aconteceu em Nebraska, onde o candidato conservador Deb Fischer, apoiado pela ex-aspirante republicana à vice-presidência Sarah Palin, conseguiu um triunfo na disputa pelo assento a ser desocupado pelo democrata Ben Nelson.
O presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, que garantiu seu posto, defendeu perante a imprensa em Washington a gestão dos republicanos.
— Com este voto, o povo americano deixou claro que não existe um mandato para aumentar os impostos, que quer soluções, e nesta noite respondeu ao nos renovar como maioria.
O congressista republicano do Missouri, Todd Akin, que recentemente causou uma polêmica por suas declarações sobre "violações legítimas", perdeu sua luta pela cadeira do Senado.
Uma vez que a formação do Congresso após as eleições é importante para enfrentar o "abismo fiscal" que pode acontecer com o vencimento de cortes de impostos e o lançamento de reduções automáticas de gastos, os resultados indicam que o duro ambiente político continuará.
Com a vitória de Obama e o domínio do Partido Democrata no Senado, é possível que o governo federal se veja animado a estimular seu plano de promover uma maior equidade no sistema tributário, no que espera reduzir o déficit fiscal pedindo aos mais ricos que paguem mais impostos e recortando impostos da classe média.