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Deslizamento destrói quadra e mata ao menos 18 no Equador

Acidente aconteceu na capital, Quito, que registrou cerca de 17 horas seguidas de chuva nesta segunda-feira (31)

Internacional|

Deslizamento soterrou a quadra, deixando dezenas de vítimas
Deslizamento soterrou a quadra, deixando dezenas de vítimas Deslizamento soterrou a quadra, deixando dezenas de vítimas

Um deslizamento de terra causado pelas chuvas mais intensas das últimas duas décadas em Quito deixou pelo menos 18 mortos, 16 desaparecidos e no mínimo 46 feridos na noite desta segunda-feira (31), após a destruição de uma quadra de esportes, segundo autoridades locais. As buscas por sobreviventes e corpos prosseguem nesta terça-feira (1º).

O forte aguaceiro que caiu por cerca de 17 horas seguidas na cidade fez uma encosta se soltar e causou o deslizamento, que destruiu casas, veículos, a rede elétrica e uma quadra de esportes de bairro, descoberta, onde acontecia uma partida de vôlei com público.

"As pessoas estavam jogando ali e não conseguiram escapar. A terra as levou de repente e arrastou a quadra", contou o pedreiro Freddy Barrios González, que trabalhava em local próximo, em entrevista à AFP. "Aqueles que conseguiram correr se salvaram, mas uma família inteira ficou presa, morreram todos."

Durante uma entrevista coletiva virtual, o prefeito de Quito, Santiago Guarderas, relatou que a chuva torrencial ultrapassou a capacidade de uma estrutura de captação de água situada em uma encosta e levou a uma torrente que "se chocou contra uma quadra".

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Chuvas torrenciais

O deslizamento da encosta do vulcão Pichincha afetou o setor de La Gasca, no lado noroeste da capital equatoriana, que vem sofrendo fortes chuvas.

Guarderas disse que o volume de chuva de sábado (29) foi de 3,5 litros por metro quadrado e, na segunda-feira (31), de 75 litros por metro quadrado, quando estavam previstos 2 litros por metro quadrado.

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É "um número recorde, que não tínhamos desde 2003", acrescentou.

Correntes de água, lama e rocha desceram a íngreme avenida La Gasca, prendendo veículos e inundando casas e ruas, segundo imagens divulgadas pelo Serviço Integrado de Segurança ECU911 para a imprensa.

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A zona de emergência também sofreu a interrupção do serviço de energia, devido à queda de postes.

O socorrista Cristian Rivera relatou que várias das vítimas sofreram hipotermia e que a "lama chegava aos joelhos".

De acordo com a Gestão de Riscos, o Ministério da Saúde transportou os feridos em 25 ambulâncias, enquanto a prefeitura de Quito, com o apoio de outras instituições, mobilizou maquinário para limpar as estradas e o sistema de coleta de água, que entrou em colapso.

Cerca de 60 militares também foram enviados para apoiar os trabalhos de busca e resgate dos bombeiros e da polícia. Desde a noite de ontem, essas equipes removem os destroços acumulados.

Devido aos efeitos da atual temporada de chuvas no Equador, que desde outubro passado atingiu 22 das 24 províncias do país, 18 mortes e 24 feridos foram registrados até domingo, bem como quase 2.800 afetados e cerca de 200 desabrigados.

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