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Detido indiano responsável por esterilizações que levaram 13 mulheres à morte

Na quarta-feira, protestos pediram a demissão do chefe do Executivo do Estado de Chhattisgarh

Internacional|Do R7, com Agência Brasil

13 mulheres morreram em cirurgia de esterilização em massa
13 mulheres morreram em cirurgia de esterilização em massa

A polícia deteve o médico que fez as cirurgias de esterilização em massa no Centro da Índia, que causaram a morte de 13 mulheres e levaram à internação hospitalar de dezenas, informou nesta quinta-feira (13) o inspetor-geral da polícia, Pawan Deo.

O médico R.K Gupta foi detido para interrogatório na quarta-feira (12) no Estado de Chhattisgarh, disse Pawan Deo.

As cirurgias foram feitas no sábado (8) em um acampamento sanitário e causaram várias complicações de saúde às mulheres. O médico operou, em apenas cinco horas, 83 mulheres no âmbito de um programa estatal de esterilização para reduzir o crescimento populacional.

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Ontem, manifestantes pediram a demissão do chefe do Executivo do Estado de Chhattisgarh, Raman Singh, depois da morte das mulheres.


Além das mortes, 14 mulheres continuam em estado grave, com complicações devido à cirurgia. Elas receberam uma indenização do Estado de 1.400 rupias (cerca de R$ 60).

Na capital de Chhattisgarh, Raipur, dezenas de manifestantes exigiram a demissão do chefe do governo do Estado, Raman Singh, e danificaram viaturas.


“Análises preliminares sugerem que um choque séptico pode estar na origem das mortes”, disse um responsável pelo Executivo local, Amar Thakur. “Parece que o material clínico utilizado poderia estar infectado. Aguardamos o relatório” do inquérito, disse.

As mulheres foram submetidas a uma esterilização laparoscópica, um processo pouco invasivo. A intervenção visa a bloquear as trompas de Falópio e é realizada geralmente sob anestesia geral.

A esterilização é um dos métodos mais difundidos de planejamento familiar na Índia, onde muitos Estados organizam operações em massa, geralmente tendo como alvo as mulheres de áreas rurais.

Trata-se em tese de uma operação voluntária, mas, segundo organizações não governamentais, as mulheres não são informadas corretamente e são submetidas a fortes pressões por parte de funcionários dos governos locais.

Segundo a imprensa local, as 83 mulheres que participaram do programa foram operadas no sábado por um cirurgião e o seu assistente.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, determinou a abertura de um inquérito e quatro responsáveis pelo setor da saúde de Chhattisgarh foram afastados. A polícia apresentou uma queixa contra o cirurgião que realizou as operações.

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