Diplomatas são alvos de suposta arma sônica secreta em Cuba
Equipamento causa perda auditiva e danos cerebrais; Cuba nega ataque
Internacional|Do R7 com BBC e Agência Brasil
O governo americano investiga o que teria ocorrido com funcionários das embaixadas dos EUA e do Canadá em Cuba há alguns meses. Diplomatas tiveram problemas auditivos após um suposto ataque com uma arma sônica secreta.
Além de confirmar o número total de 19 pessoas atingidas nas duas embaixadas, em ocasiões diferentes mas com os mesmos sintomas, o Departamento de Estado Americano informou que os diplomatas sofreram perda permanente da audição e danos cerebrais, segundo reportagem da BBC.
Os ataques ocorreram no final de 2016, mas agora os detalhes das investigações vieram a público. Segundo a CNN, dois diplomatas que foram tratados nos EUA "sofreram danos de longo prazo, incluindo a perda auditiva como resultado dos ataques, e não puderam voltar a Cuba". Outros funcionários decidiram deixar os cargos na ilha pelo ocorrido.
Os diplomatas disseram que os ataques geravam um ruído alto e ensurdecedor, similar a um zumbido de um inseto ou a um metal arranhando o solo, mas as vítimas não conseguiam identificar a fonte do som.
O governo cubano nega a autoria dos ataques e a existência de uma arma secreta sonora. No entanto, as autoridades cubanas estão investigando o que teria acontecido.
Apesar de os EUA não culparem, por enquanto, Cuba de realizar os ataques, o Departamento de Estado decidiu expulsar dois diplomatas cubanos da embaixada do país em Washington por considerar que Havana não cumpriu com a responsabilidade de proteger os funcionários americanos na ilha.
Os Estados Unidos e Cuba reabriram suas embaixadas em Havana e Washington em julho de 2015, reatando relações diplomáticas após de 54 anos de distanciamento.