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Dois ministros peruanos renunciam por violência policial em protestos

As pastas da Educação e da Cultura do Peru, comandadas respectivamente por Patricia Correa e Jair Pérez, ficaram vagas

Internacional|

Peruanos foram às ruas para se manifestar contra a crise política do país
Peruanos foram às ruas para se manifestar contra a crise política do país Peruanos foram às ruas para se manifestar contra a crise política do país

Os ministros da Educação e da Cultura do Peru, Patricia Correa e Jair Pérez, respectivametne, renunciaram a seus cargos nesta sexta-feira (16), apenas seis dias depois de terem tomado posse. A decisão se deve às ações que foram tomadas pelas autoridades para repelir as manifestações contra o governo, que levaram à morte de 18 pessoas, sendo dez nas últimas 24 horas.

"Nesta manhã, apresentei minha carta de renúncia como ministra de Estado da pasta da educação. Não há nenhuma justificativa para a morte de nossos compatriotas. A violência do Estado não pode ser desproporcional e gerar morte", escreveu Correa no Twitter, que também compartilhou a carta enviada à presidente do país, Dina Boluarte.

Por sua vez, Pérez enviou outra carta — divulgada na impensa peruana — na qual sustenta que "os lamentáveis acontecimentos ocorridos no país resultaram na perda irreparável de irmãos e irmãs, tornando insustentável a permanência no governo".

Na carta, Pérez explica que as circunstâncias que o levaram a aceitar o cargo "foram para garantir o direito à educação a todos os estudantes peruanos, o que compromete o futuro da República, dentro dos marcos democráticos e institucionais".

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"Nosso país enfrenta uma crise política de grandes dimensões que exige convicções democráticas, respeito pela ordem e ao mesmo tempo pela integridade física e pela vida de cada cidadão peruano, que, infelizmente, têm sido violadas nas últimas horas", ressaltou.

Pérez declarou que o Peru deve ter "a responsabilidade de encontrar o rumo" que levará a "um futuro viável para todos os peruanos".

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O Peru vive uma crise que atingiu o ponto mais alto até agora no último dia 7, depois do fracasso do autogolpe tentado pelo então presidente Pedro Castillo, o que levou o Congresso a destituí-lo do cargo.

A vice-presidente, então, assumiu a Presidência, o que levou a protestos, que se multiplicaram no último domingo (11). Desde então, 18 pessoas morreram, dez delas desde quinta-feira (15), quando começou a ser aplicado um estado de emergência que, entre outros aspectos, autoriza as Forças Armadas a intervir em apoio à polícia.

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