O empresário colombiano-venezuelano Alex Saab, suposto testa de ferro do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e acusado nos Estados Unidos de conspiração para lavagem de dinheiro, colaborou com a agência antidrogas americana (DEA) durante um ano.
As informações estavam em dois documentos judiciais que tiveram sigilo quebrado, nesta quarta-feira (16), por ordem do juiz Robert N. Scola, responsável pelo julgamento de Saab.
Os papeis revelam que o empresário "cooperou com agentes do DEA, forneceu informações sobre sua atividade criminosa, participou de uma cooperação proativa como fonte confidencial, e entregou dinheiro aos Estados Unidos e à DEA como parte de um acordo de autoentrega nos Estados Unidos para enfrentar acusações por sua conduta criminosa".
De acordo os documentos, a cooperação de Saab "incluiu o fornecimento de informações sobre propinas que ele pagou e os crimes que cometeu"
Saab está detido em Miami desde que foi extraditado por Cabo Verde em outubro do ano passado após um mandado dos EUA. O julgamento do empresário nos EUA está marcado para outubro deste ano.
De acordo com o juiz, em quase um ano a defesa não apresentou argumentos válidos de que a divulgação desses documentos coloca em perigo a família do réu na Venezuela.