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ENTREVISTA-As máquinas podem intervir onde os seres humanos falharam e enfrentar a escravidão moderna?

Internacional|

Por Anuradha Nagaraj

CHENNAI, Índia (Thomson Reuters Foundation) - Com mais de 20 milhões de pessoas trabalhando como escravos modernos, uma desenvolvedora de tecnologia espera que a inteligência artificial ajude a limpar as cadeias de abastecimento do mundo e a erradicar o abuso de trabalhadores.

Padmini Ranganathan disse que dos celulares, das notícias e das câmeras de vigilância podem ser extraídos dados em tempo real, alimentados por máquinas para criar uma inteligência artificial que ajude as empresas a enxergarem o que está acontecendo em suas cadeias produtivas.

A escravidão moderna passou por uma crescente análise no ano passado, colocando pressão regulatória e do consumidor sobre as empresas para garantir que suas cadeias de fornecimento estejam livres de trabalho forçado, trabalhadores infantis e outras formas de escravidão.

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Quase 21 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com trabalhadores migrantes e povos indígenas particularmente vulneráveis. Essa mão-de-obra na economia privada gera 150 bilhões de dólares em lucro ilegal por ano, segundo a OIT.

Mas Padmini Ranganathan disse que existem novas formas digitais de eliminar a exploração, dado que as pessoas não conseguiram acabar com a escravidão moderna.

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"A tecnologia pode filtrar mais de 1 milhão de artigos por dia usando palavras-chave específicas do trabalho forçado e destacar áreas de risco potencial em uma cadeia de suprimentos", disse Padmini em entrevista à Thomson Reuters Foundation.

A desenvolvedora trabalha para a empresa de serviços de tecnologia da informação SAP Ariba, que ajuda empresas a gerenciarem melhor seus processo de aquisição.

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Segundo ela, um novo programa poderia mapear conexões fracas nas cadeias produtivas de corporações, selecionando dados de várias fontes, desde câmeras de vigilância até organizações sem fins lucrativos e outras agências.

Ela espera que seu novo programa contenha o mercado e ajude a criar "cadeias de suprimento conscientes".

Padmini Ranganathan afirmou, por exemplo, que poderia ajudar a detectar se o trabalho infantil era usado para polinizar algodão, que por sua vez era usado para produzir uma camiseta de marca. Poderia ainda ajudar a monitorar as condições de trabalho nas plantações de cacau, dando às empresas "exposição em tempo real" para que possam remover abusos imediatamente de suas cadeias produtivas.

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