Espanha confirma morte de soldado no Líbano e pede investigação
Internacional|Do R7
Madri, 28 jan (EFE).- O governo espanhol confirmou nesta quarta-feira a morte de um soldado espanhol no sul do Líbano que, segundo o ministro das Relações Exteriores, aconteceu em um ataque israelense em resposta a outro do Hezbollah. O falecido, que fazia parte do contingente espanhol desdobrado no Líbano, é o cabo Francisco Javier Soria Toledo, de 36 anos, casado e sem filhos, informou à Agência Efe o Ministério da Defesa. O ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, disse à imprensa que conversou por telefone com as autoridades israelenses, que transferiram suas condolências e desculpas pelo ocorrido, e informou que pediu à ONU uma investigação sobre esta morte. O presidente do Governo, Mariano Rajoy, expressou seu "mais profundo pesar" pelo falecimento do soldado espanhol que fazia parte das Forças da ONU para o Líbano (Finul). García-Margallo confirmou que o ataque no qual faleceu o militar espanhol aconteceu por volta das 11h25 da manhã e que as autoridades israelenses transferiram ao governo suas condolências e desculpas pelo ocorrido. O ministro fez estas declarações após a reunião que manteve no Ministério das Relações Exteriores com o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura. O militar que morreu fazia parte do contingente de 580 militares espanhóis enquadrados na operação Finul. Israel, afirmou García-Margallo, respondeu a um ataque prévio do Hezbollah contra um comboio israelense. García-Margallo acrescentou que a zona onde ocorreu o ataque está sob responsabilidade espanhola e é uma das cinco que tem encomendadas a missão da ONU. O soldado, explicou o ministro, foi imediatamente evacuado por uma equipe médica até a base Miguel de Cervantes situada em Marj'uyun, a cerca de 40 quilômetros da fronteira com Israel, embora não tenha sido possível fazer "nada para salvar sua vida". Por outro lado, o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, lamentou a morte do militar espanhol e valorizou a vontade da Espanha de ajudar para a paz no Oriente Médio e sua colaboração a ONU. Mistura assegurou que é necessária "uma investigação pronta" sobre o ocorrido e lembrou os problemas e tensões que existem na região e o ataque que sofreu recentemente Síria. EFE bal-ra/ff