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Espanha encara últimas horas antes de decidir entre um governo conservador ou progressista

Eleitores vão às urnas para escolher entre o Partido Popular (PP), de direita, e o Partido Socialista (PSOE), de esquerda

Internacional|Do R7

Alberto Nunez Feijoo, líder do partido de oposição de direita espanhol, o Partido Popular (PP), durante comício em Corunha
Alberto Nunez Feijoo, líder do partido de oposição de direita espanhol, o Partido Popular (PP), durante comício em Corunha

A Espanha viveu neste sábado (22) uma jornada de reflexão antes das eleições gerais deste domingo (23), nas quais o bloco conservador, liderado pelo Partido Popular (PP), e o bloco progressista, com o Partido Socialista (PSOE) à frente, se enfrentarão para tentar somar apoios suficientes para formar o próximo governo.

Se não conseguirem sozinhos, e é o que sugerem as pesquisas, cada um dos dois partidos será obrigado a tentar chegar a uma maioria governista por meio de pactos com os respectivos extremos de seu espectro político: a legenda de extrema-direita Vox no caso do PP e a coligação de esquerda Sumar no do PSOE.

Os quatro principais candidatos — o atual presidente do governo, Pedro Sánchez (PSOE); o líder da oposição, Alberto Núñez Feijóo (PP); a segunda vice-presidente do Executivo, Yolanda Díaz (Sumar), e o líder da extrema-direita, Santiago Abascal (Vox) — passaram as últimas horas antes das eleições com a família, amigos ou praticando seus hobbies favoritos.

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Suas contas nas redes sociais foram recheadas de fotos e vídeos em que são vistos conversando com amigos, andando de bicicleta ou caminhando e fazendo compras no centro de suas cidades.


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Na Espanha, durante a jornada de reflexão, não é permitido fazer campanha nem publicar pesquisas, embora as últimas sondagens apontem para uma vitória do PP, sem atingir a maioria absoluta, e para uma recuperação dos socialistas, sem ainda estar claro quem ficaria com a terceira posição.

As cifras das eleições espanholas

A última palavra será dada amanhã pelos 37.469.142 espanhóis aptos a votar, dos quais 2,3 milhões residem no exterior.


Dos eleitores residentes na Espanha, 1.639.179 poderão participar pela primeira vez em eleições gerais depois de terem completado 18 anos desde a votação anterior, realizada em 10 de novembro de 2019.

As eleições gerais espanholas, nas quais os representantes do Congresso e do Senado são eleitos de forma direta, são realizadas a cada quatro anos, a menos que o chefe do Executivo ordene sua dissolução antecipada, como aconteceu nesta ocasião.

O fato de estas eleições coincidirem com as férias de verão dos espanhóis levou a que mais de 2,47 milhões de cidadãos optassem pelo voto por correspondência, segundo dados divulgados neste sábado pelos Correios.

Esta cifra representa 94,2% das solicitações para esta modalidade de sufrágio, o maior nível alcançado em eleições gerais em Espanha desde que existem registros estatísticos homologados (2008).

Tudo pronto nos colégios eleitorais

Para as eleições deste domingo, com 549 candidaturas proclamadas ao Congresso e 544 ao Senado, foram instaladas 210 mil urnas e 59 mil cabines, e distribuídos 85 milhões de envelopes nas seções eleitorais de todo o país.

O secretário de Estado de Comunicação de Espanha, Francesc Vallès, e a subsecretária do Interior, Isabel Goicoechea, garantiram neste sábado que está tudo pronto para que as eleições decorram "com total normalidade" e elogiaram o sistema eleitoral "robusto, seguro e bem desenhado".

Em coletiva de imprensa, os dois representantes do governo agradeceram ainda o trabalho desenvolvido pelos mais de 90 mil agentes do Estado que vão compor o dispositivo de segurança.

Amanhã, os colégios eleitorais abrirão às 9h (hora local, 4h de Brasília) e fecharão às 20h (15h).

Quem estará à frente da presidência da UE?

Como ingrediente adicional, os resultados dessas eleições podem provocar uma mudança no governo que exercerá a presidência rotativa da União Europeia (UE), que a Espanha recebeu em 1º de julho e ocupará ao longo deste semestre, que promete ser decisivo no que diz respeito ao acordo comercial com o Mercosul.

A campanha fez com que parte do início da agenda europeia fosse modificada para não coincidir com a disputa eleitoral, enquanto permanece a incógnita sobre quem liderará o Conselho da UE após as eleições.

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