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'Estou preparado para morrer', diz presidente turco após anunciar que limpará Exército

População saiu às ruas apesar de toque de recolher. Policiais e soldados trocaram tiros

Internacional|Do R7, com agência ANSA e agência Reuters

Erdogan faz pronunciamento à nação
Erdogan faz pronunciamento à nação Erdogan faz pronunciamento à nação

"Estou preparado para morrer", afirmou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, ao reaparecer em meio a seus apoiadores, após uma facção do Exército do país dar início a uma tentativa de golpe de Estado. A informação é da rede CNN.

O presidente afirmou que a tentativa de derrubá-lo fracassou, mas na madrugada deste sábado (no horário da Turquia) ainda era incerto quem controlava o país.

Nas ruas, há tiroteios e protestos de grupos pró-governo e pró-militares.

Mais cedo, Erdogan havia acusado o movimento Gülen, liderado pelo clérigo exilado nos Estados Unidos Fethullah Gülen, de estar por trás da revolta.

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Gülen lidera uma ampla organização que se diz laica, mas prega uma vertente moderada do Islamismo. Considerado um dos muçulmanos mais influentes no mundo, o clérigo era aliado do presidente, mas rompeu com ele em 2013 após o governo ter fechado instituições de ensino gülenistas.

Dentro das forças armadas, o golpe teria sido articulado pelo oficial Muharrem Kose, removido do Estado-Maior em março passado.

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Manifestante deita em frente a tanque
Manifestante deita em frente a tanque Manifestante deita em frente a tanque

Horas antes, o Estado-Maior do Exército da Turquia havia anunciado a tomada do controle do país. "Para recuperar nossos direitos humanos, constitucionais e democráticos, estamos oficialmente assumindo o controle", dizia uma declaração da ala das Forças Armadas responsável pela revolta.

Definindo a garantia do Estado de Direito será "uma prioridade", os militares chegaram a decretar toque de recolher e lei marcial, suspendendo liberdades fundamentais, vetando manifestações, censurando opiniões e restringindo o direito de ir e vir.

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Ignorando o toque de recolher, multidões contrárias e favoráveis ao golpe desceram às ruas de Ancara em Istambul, que registraram confrontos em várias regiões. Além disso, soldados e policiais - estes últimos fiéis a Erdogan - trocaram tiros. Na capital, 13 soldados teriam sido detidos em uma tentativa de invasão ao palácio presidencial. Por outro lado, segundo a "CNN Turk", 17 policiais morreram nos tiroteios.

Como começou?

Por volta das 22h (horário local), tiros foram ouvidos em Ancara, capital do país, onde caças faziam voos rasantes e helicópteros militares tomavam os céus. Em seguida, foram fechadas as duas pontes sobre o estreito de Bósforo, em Istambul, no sentido Ásia-Europa - no caminho inverso, o tráfego seguiu fluindo.

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