O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (7) o envio de uma dezena de militares para auxiliar as autoridades nigerianas no resgate das mais de 200 meninas sequestradas pelo grupo terrorista Boko Haram há quase um mês.
Os militares, membros do Comando da África, farão parte da equipe antiterrorista americana que ajudará a partir da capital da Nigéria, Abuja, nas operações de libertação das cerca de 275 menores sequestradas.
"O Departamento de Defesa apoia firmemente o povo da Nigéria em seus esforços para pôr fim à violência terrorista do Boko Haram, ao mesmo em tempo que garante a proteção e respeito aos direitos humanos", disse em entrevista coletiva o porta-voz adjunto do Pentágono, Steve Warren.
O presidente Barack Obama disse na terça-feira (6) que os Estados Unidos farão "todo o possível" para ajudar a Nigéria na busca pelas meninas sequestradas.
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A "célula de coordenação" estabelecida pelos EUA contará também com agentes da ordem americanos e especialistas em inteligência e negociações com reféns, que trocarão informação com o governo nigeriano, segundo detalhou hoje a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki.
No entanto, o pequeno destacamento militar, que chegará em questão de dias, segundo o Pentágono, não se verá envolvido em missões militares na Nigéria ou em países vizinhos, onde as reféns poderiam estar escondidas.
Além disso, os Estados Unidos não têm intenção de iniciar intervenções armadas contra o Boko Haram. O governo nigeriano aceitou até o momento a ajuda oferecida pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido para pôr fim ao sequestro das menores.
França e Inglaterra também vão enviar equipes especiais para o país. Além disso, Londres vai oferecer o apoio de seus satélites.
A China vai ajudar com "qualquer informação útil adquirida com seus satélites ou serviços de inteligência", de acordo com o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, que se reuniu o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.
Os governos ocidentais divulgaram poucos detalhes sobre o tipo de apoio oferecido à Nigéria, mas autoridades afirmam que imagens por satélite e a vigilância com drones podem ser essenciais na busca.