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Evo Morales dá por encerrada crise com Brasil por fuga de senador

O problema foi "resolvido e ninguém vai nos separar", disse o presidente boliviano

Internacional|Do R7

Roger Pinto Molina acena para jornalistas em Brasília
Roger Pinto Molina acena para jornalistas em Brasília

O presidente da Bolívia, Evo Morales, deu por resolvida a crise com o Brasil por causa da saída do senador boliviano de oposição Roger Pinto sem salvo conduto e com a cumplicidade de um diplomata brasileiro, neste sábado (31).

"Infelizmente por culpa de um corrupto boliviano, tentaram nos dividir, nos confrontar com o Brasil. Ontem nos reunimos com a companheira presidente [Dilma Rousseff], resolvido o problema e ninguém vai nos dividir, ninguém vai nos separar", afirmou Morales em um ato na cidade de La Paz.

Dilma e Morales se encontraram na sexta-feira (30) no Suriname, durante a cúpula da União de Nações Sul-americanas (Unasul).

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Senador boliviano pode pedir asilo a outros países, segundo advogado

O senador Roger Pinto foi amparado pela embaixada brasileira em 28 de maio de 2012, quando pediu asilo político ao Brasil sob o argumento de que era objeto de uma perseguição política, acusação negada pelas autoridades bolivianas.


O político conseguiu escapar para o Brasil há uma semana com o apoio de funcionários da embaixada brasileira em La Paz, o que causou uma crise diplomática entre os países e provocou a saída do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.

O governo boliviano pediu que o Brasil "devolva" ao senador, réu em vários processos de corrupção e a procuradoria geral solicitou à Interpol que emita uma "notificação vermelha" para sua captura e entrega.


Roger Pinto, que sempre negou as acusações do governo boliviano, já pediu formalmente refúgio às autoridades da Comissão Nacional de Refugiados do Brasil e também avalia a possibilidade de fazer o mesmo pedido para outros países.

Morales não deu mais detalhes de sua reunião com Dilma, mas insistiu hoje que "em temas de corrupção não pode haver asilos nem refúgios para corruptos de todo o mundo. É uma obrigação com base nos convenções internacionais, das Nações Unidas, de que todos os governos [devem] coadjuvar na luta contra a corrupção", afirmou.

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