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Exército entra em acordo e coronel Zida liderará transição em Burkina Fasso

EUA advertem contra avanços inconstitucionais de militares

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Protestos tomaram as ruas da capital contra Blaise Compaoré
Protestos tomaram as ruas da capital contra Blaise Compaoré

O Exército de Burkina Fasso entrou em acordo neste sábado (1º) e o coronel Yacouba Isaac Zida, "número dois" da guarda presidencial, vai liderar a transição do país rumo à democracia após a renúncia do ex-presidente Blaise Compaoré ontem.

O próprio Zida anunciou ontem à noite que assumiria a presidência da transição, horas depois de outro militar, o chefe do Estado-Maior, Honoré Nabere Traoré, também se autoproclamar líder de Burkina Fasso.

Traoré e Zida se reuniram desde o início da manhã de hoje para esclarecer o que, segundo comunicado assinado pelo chefe do Estado-Maior, foi uma "confusão".

Enquanto isso, Compaoré afirmou em sua conta oficial no Twitter, que aceitou ser o "bode expiatório" que o povo de Burkina Fasso precisa para permanecer unido. "Aceito, se é preciso, ser o bode expiatório da união nacional", disse Compaoré na Costa do Marfim, onde está refugiado desde ontem.


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O ex-presidente afirmou ter perdoado quem o traiu e disse aceitar todas as "humilhações" que os burquinenses acharem que ele merece, desde que sempre "permaneçam unidos".

"Aceitei renunciar à presidência de Burkina Fasso, deixar o poder frente à tragédia que atingia meu país. Rejeitei fazer correr o sangue dos filhos e filhas de Burkina Fasso", declarou.


Campaoré pediu que a comunidade internacional, em especial os Estados Unidos e a França, garantam a integridade e a paz no país. Pressionado por uma série de protestos violentos nas ruas do país, o ex-presidente renunciou ontem após 27 anos no poder, conquistado através do golpe de estado. 

Os Estados Unidos exigiram nesta sexta-feira (31) a convocação de eleições democráticas em Burkina Faso, após a renúncia de seu presidente, Blaise Compaoré, e alertou contra qualquer tentativa "dos militares e de outros grupos de se aproveitar da situação para fazer avanços inconstitucionais".

Além disso, o Departamento de Estado dos EUA emitiu um alerta recomendando a todos os cidadãos americanos "adiar qualquer viagem não essencial" a Burkina Faso devido à instabilidade no país africano.

"Os Estados Unidos estão preocupados pelos fatos que se desenvolvem em Burkina Faso. Lamentamos a violência e a perda de vidas e solicitamos a todas as partes que evitem mais violência", disse em comunicado a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

Os EUA "reforçam seu pedido a todas as partes para que sigam o processo constitucionalmente estabelecido para a transferência de poder, e a convocação de eleições democráticas, depois da renúncia do ex-presidente Blaise Compaoré", continuou.

"Condenamos qualquer tentativa dos militares e de outros grupos de se aproveitar da situação para fazer avanços inconstitucionais e convocamos todas as partes a respeitar o apoio do povo ao processo democrático", acrescentou Psaki.

Compaoré renunciou após três dias de protestos nas ruas do país, que exigem sua saída após 27 anos no poder, ao qual chegou através de um golpe de Estado.

Após esse anúncio, o chefe de Estado-Maior, o general Honoré Nabere Traoré, assumiu a presidência interina em Burkina Faso com o objetivo de realizar eleições "o mais em breve possível".

Assim, o Exército informou em comunicado sobre a suspensão da Constituição de 1991 e a criação de um órgão transitório "que se estabelecerá de acordo com todas as forças da nação para organizar uma transição que permita voltar à vida constitucional normal".

Desde sua independência, em 1960, até a chegada de Compaoré à presidência, em 1987, a história de Burkina Faso se caracterizou por uma sucessão de golpes de Estado.

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