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Presidente de Burkina Faso renuncia após protestos

Dezenas de milhares de pessoas estavam protestando nas ruas pela saída de Blaise Compaoré

Internacional|Do R7

Blaise Compaoré renunciou à Presidência de Burkina Faso nesta sexta-feira
Blaise Compaoré renunciou à Presidência de Burkina Faso nesta sexta-feira

O presidente de Burkina Faso, Blaise Compaoré, deixou o poder, anunciou um tenente-coronel da guarda presidencial nesta sexta-feira (31), de acordo com o canal de TV Burkina24.

O tenente-coronel Issaac Zida fez o anúncio na Place de la Nation, na capital Ouagadougou, no momento em que dezenas de milhares de pessoas se aglomeravam para exigir a renúncia de Compaoré, um dia após uma onda de protestos violentos.

A rádio Omega noticiou separadamente que Compaoré emitiu um comunicado anunciando sua renúncia e afirmando que o cargo de chefe do Estado se encontrava vago.

Cerca de 30 pessoas morreram e ao menos cem ficaram feridas na quinta-feira (30) em confrontos ocorridos em Burkina Faso. Os números foram divulgados pelo líder da oposição Bénéwendé Sankara.


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Centenas de manifestantes marcharam na capital do país africano nesta sexta-feira (31) para exigir a renúncia do presidente, um dia depois de os militares dissolverem o Parlamento e anunciarem um governo de transição em decorrência dos protestos violentos.

"Nós não queremos ele. Queremos ele fora do poder. Ele não é nosso presidente", disse o manifestante Ouedrago Yakubo à Reuters. Os manifestantes se reuniram na principal avenida da capital Ouagadougou e em frente ao quartel-general dos militares.


Compaoré, um aliado próximo da antiga colonizadora França que tomou o poder num golpe em 1987, disse na quinta-feira à noite que permaneceria no cargo para comandar um governo de transição até depois das eleições.

O anúncio do presidente foi feito após o chefe das Forças Armadas, general Honoré Traoré, dizer que iria abrir negociações com todos os partidos políticos para a criação de um governo interino, com o objetivo de organizar eleições democráticas no país da África Ocidental no prazo de um ano.

Benewede Sankara, um proeminente membro da oposição, disse que o comunicado de Troaré era equivalente a um golpe militar.

"A saída de Compaoré é uma condição e não negociável. Por 27 anos, Compaoré tem nos ludibriado. Mesmo agora, ele está tentando nos enganar e enrolar as pessoas", disse ele à rádio RFI.

Os acontecimentos em Ouagadougou estão sendo acompanhados de perto por uma geração de líderes há muito no poder em países da África, que estão se prevenindo contra limites constitucionais a seus mandatos.

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