Fila com mais de 200 alpinistas congestiona topo do Everest
Espera é grande perigo para os alpinistas e sherpas, já que cada minuto é importante quando há dependência de cilindros de oxigênio para sobreviver
Internacional|Da EFE
Mais de 200 alpinistas realizaram nesta quarta-feira (22) a subida ao cume do Everest, o que rendeu um recorde de escaladas em um mesmo dia, mas também criou problemas, como uma fila de várias horas para chegar ao topo.
No acampamento-base, o representante do Ministério do Turismo do Nepal Gyanendra Shrestha confirmou à agência EFE que cerca de 250 alpinistas saíram do Campo IV, localizado a 7.900 metros de altitude, durante a madrugada. Mais de 200 deles chegaram ao "teto do mundo", a 8.848 metros.
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As boas condições meteorológicas e a previsão de mau tempo para a próxima semana fizeram com que muitos optassem por subir nesta quarta-feira.
No entanto, muitos alpinistas reclamaram de ter que esperar por "horas" em longas filas devido ao congestionamento até cume da Face Sul (8.690 metros), afirmou Shrestha.
Fila para chegar no 'topo do mundo'
Situação similar aconteceu em 2012, quando 260 montanhistas tentaram subir em um mesmo dia aproveitando o bom tempo, o que causou um congestionamento no famoso degrau Hillary, uma rocha vertical de 12 metros que representava o último grande obstáculo antes chegar ao topo, mas que desapareceu em 2017.
Naquela ocasião, 179 pessoas chegaram aos 8.848 metros e quatro — o chinês Ha Wenyi, o alemão Eberhard Schaaf, o canadense de origem nepalês Shriya Shah e o sul-coreano Song Won-bin - morreram por cansaço e efeitos da altitude quando desciam.
O congestionamento é um grande perigo para os alpinistas e sherpas, já que cada minuto é importante quando há dependência de cilindros de oxigênio para sobreviver.
O Departamento de Turismo do Nepal emitiu 378 permissões de escaladas nesta temporada, um recorde histórico desde a primeira ascensão bem-sucedida ao Everest em 1953.