Após fazer 12 testes em 2017, Coreia do Norte prova que não "blefa"

Armamentos de Kim Jong-Un se tornaram uma ameaça real para os EUA

Internacional|Do R7

30/08/2017 - 00h10 (Atualizado em 19/04/2024 - 23h35)

Desde o começo do ano, o presidente Kim Jong-Un ordenou que 12 atividades de disparos de mísseis fossem realizados para testar as armas norte-coreanas, aumento a escalada de tensão entre os Estados Unidos e os aliados a Washington. Para o professor de Relações Internacionais da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) Emmanuel de Oliveira Jr, o último teste feito pela Coreia do Norte mostra que ela não está "blefando" sobre seus armamentos.

— Até então, acreditava-se muito que a Coreia "blefava" muito em termos de capacidade de mandar um míssil para o Japão ou mesmo para o território americano. Mas pelo ataque de segunda ficou claro que que ela está blefando menos do que se acreditava. A distância entre o discurso e a realidade está menor hoje do que estava na semana passada

*Caíque Alencar, do R7

No lançamento feito nesta segunda-feira (28), o míssil disparado percorreu 2.700 km, mas se despedaçou em três ao atingir o Mar do Japão. Apesar de não ter atingido diretamente o país asiático, ele sobrevoou a ilha de Hokkaido e causou alguns danos no território japonês

Esse novo teste foi considerado uma provocação aos Estados Unidos e, após o lançamento, o presidente Donald Trump se reuniu com o primeiro-ministro japonês e Shinzo Abe, ressaltando que as ações militares de Pyongyang colocam em risco "não apenas os EUA, a Coreia do Sul e Japão, mas todos os países do mundo"

Apesar do aumento da tensão, o professor da FECAP descarta a hipótese do surgimento de uma 3ª Guerra Mundial.

—A probabilidade é mínima, quase nula, que isso aconteça. As posições das potências que têm capacidade de causar um conflito em escala real não têm esse objetivo, embora o potencial de violência naquela região seja significativo. É muito improvável que isso se transforme em um confronto armado generalizado

O primeiro teste balístico da Coreia do Norte de 2017, realizado no dia 12 de fevereiro, foi o primeiro considerado bem-sucedido pelas autoridades. O projétil conseguiu percorrer 500 km

A partir de então, as distâncias percorridas pelos mísseis começou a aumentar cada vez mais, de modo que a Coreia do Norte passou a ter capacidade de atingir vários de seus inimigos de outros continentes

Conforme explica Oliveira Jr, esse último teste da Coreia do Norte pode ser considerado uma espécie de recado para a comunidade internacional, sendo que a China é um dos países que pode ter o papel de equilibrar os interesses dos envolvidos.

— A China tem uma posição muito ambígua em relação a esses testes. Se ela continuar apoiando o governo norte-coreano, aí sim a gente pode ter uma escalada de violência maior. Já se ela funcionar como um pêndulo de acalmar os ânimos e aumentar o fluxo de recursos, sustentando o governo norte-coreano economicamente, a tendência é que esses recados vão parar de existir

Sinais de recuo foram dados na última terça-feira (15), com o líder norte-coreano dizendo que "esperará" as ações do inimigo para agir

Conhecer um dos países com regime mais fechado do mundo soa desafiador. E não é permitido andar sozinho por lá. Todo turista que quiser pisar na Coreia do Norte tem que ter um guia turístico autorizado ao seu lado.

A agência Young Pioneer Tours especializou-se em atender estrangeiros que querem conhecer o país de Kim Jong Woon. O R7 conversou com Matt Kulesza, um dos responsáveis pela empresa, que conta sobre as regras para conhecer o país, além de outros destinos exóticos que eles atendem

Desde o começo do ano, o presidente Kim Jong-Un ordenou que 12 atividades de disparos de mísseis fossem realizados para testar as armas norte-coreanas, aumento a escalada de tensão entre os Estados Unidos e os aliados a Washington. Para o professor de Relações Internacionais da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) Emmanuel de Oliveira Jr, o último teste feito pela Coreia do Norte mostra que ela não está "blefando" sobre seus armamentos. — Até então, acreditava-se muito que a Coreia "blefava" muito em termos de capacidade de mandar um míssil para o Japão ou mesmo para o território americano. Mas pelo ataque de segunda ficou claro que que ela está blefando menos do que se acreditava. A distância entre o discurso e a realidade está menor hoje do que estava na semana passada *Caíque Alencar, do R7