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Os radicais do EI (Estado Islâmico) surpreenderam o mundo neste ano pela rápida conquista de cidades e povoados no Iraque e na Síria. Mas a expansão da área de controle do grupo tem seu preço.
O EI precisa de grandes quantidades de dinheiro para manter seu califado, proclamado no mês de junho. Eles precisam pagar, armar e alimentar suas brigadas. Além disso, o grupo paga uma pensão para as famílias de militantes mortos.
Para conseguir se manter, o grupo tem um sistema diversificado de arrecadação ilegalMontagem R7
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Autoridades do serviço de inteligência dos Estados Unidos acreditam que o grupo radical EI (Estado Islâmico) tenha uma receita diária de até R$ 7,2 milhões (US$ 3 milhões).
Esse valor torna o EI um dos grupos terroristas mais ricos da história. Saiba de onde vem esse dinheiro nas imagens a seguirReprodução/Aljazeera
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Doadores
Assim como outros grupos radicais que lutam na Síria, o Estado Islâmico iniciou suas ações com financiamento baseado, em grande parte, em doações em dinheiro de simpatizantes ricos, que estavam determinados a apoiar combatentes sunitas em sua revolta contra o regime do presidente sírio Bashar al AssadAP
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Grande parte da angariação de fundos para grupos extremistas da Síria ocorre nos países do golfo Pérsico, onde doadores privados levantam milhões de dólares para serem entregues a combatentes islâmicos na fronteira Turquia-Síria.
Os governos da Arábia Saudita, Qatar e Kuwait também fornecem, secretamente, ajuda para grupos sunitas radicais que lutam contra Assad.
Hoje, essas doações constituem apenas uma pequena parte do financiamento do grupoAP Photo/Vahid Salemi
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Sequestro e tráfico de pessoas
O Estado Islâmico também pode ter conseguido milhões de dólares com tráfico de seres humanos, principalmente de mulheres e crianças (como as da imagem acima) e com pedidos de resgate de pessoas sequestradas, de acordo com o jornal americano The Huffington PostReprodução/Daily Mail
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Enquanto os EUA e a Grã-Bretanha disseram publicamente que se recusam a pagar pela libertação de cidadãos de seus países sequestrados pelo grupo, vários outros governos pagaram milhões para ter reféns libertados.
Autoridades norte-americanas acreditam que alguns países europeus pagaram valores que chegam aos sete dígitos em resgates.
Na imagem acima, em sequência: James Foley, Steven Sotloff, David Haines, os três estrangeiros decapitados pelo grupo e, por último, Alan Henning, que ainda está nas mãos dos radicaisMontagem R7
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Impostos
Outra fonte de renda do EI são os impostos cobrados nas áreas conquistadas. Estima-se que os valores sejam superiores a R$ 19 milhões (US$ 8 milhões) por mês em impostos de pequenas e grandes empresas
Assista: EUA iniciam ataque contra Estado Islâmico na SíriaReuters
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Contrabando
Acredita-se também que os radicais ganhem milhões de dólares no comércio ilegal de antiguidades.
O jornal The Guardian informou, em junho, que o Estado Islâmico tinha feito pelo menos R$ 86 milhões (US$ 36 milhões) com a venda de itens de até 8.000 anos de idade na SíriaAP Photo/Hadi Mizban
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Saques
Desde que o grupo lançou uma ofensiva maciça no Iraque, no mês de junho, o Estado Islâmico conseguiu tomar territórios no Iraque e na Síria, que já representam uma área maior do que a do Reino Unido.
Nesses locais, os membros do grupo conseguiram roubar milhões de dólares em dinheiro e materiais de instalações militaresREUTERS/Stringer
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Petróleo
O petróleo parece ser a maior fonte de renda do Estado Islâmico hoje. Os radicais conseguem vender o petróleo bruto ou enviá-lo para pequenas refinarias, que produzem combustíveis de baixa qualidade.
Em seguida, é feito o transporte por meio de rotas de contrabando ao longo da fronteira e o produto é vendido a preços baixos no mercado negro na Turquia e em volumes menores para o regime sírio.
Acredita-se que a produção seja de 25 mil a 40 mil barris de petróleo por dia, o que pode representar cerca de R$ 2,8 milhões (US$ 1,2 milhão) no mercado negroAP Photo/Ivan Sekretarev