Milhões de sírios precisaram migrar para
outras nações para fugir das consequências da guerra civil na Síria, conflito que já dura mais de 3 anos no país de Bashar Al Assad. Bebnine, no Líbano, é uma das cidades que receberam
uma grande quantidade de refugiados nos últimos meses. Muitos dos novos
moradores são crianças e não puderam continuar a estudar, pois precisam
trabalhar para ajudar a sustentar suas famílias.
Em uma série de retratos para o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, o fotógrafo Andrew McConnell documentou o trabalho
infantil em uma loja de carvão de Bebnine. Crianças de 11 a 15 anos trabalham
cerca de oito horas por dia e ganham menos de R$ 1,50 por hora.
Veja a seguir as imagens do projeto fotográfico
ACNUR / A.McConnell
Anas, de 12 anos, sai para trabalhar da casa de sua
família em um dos muitos assentamentos para refugiados sírios em Bebnine. Anas
é da cidade de Homs, uma das maiores da Síria, e foi para o Líbano em 2013
Anas, à esquerda, e seu
colega Mustafa, de 15 anos, carregam juntos saco de carvão. Em dias calmos,
apenas um menino é necessário para fazer o trabalho mas, quando um caminhão
chega com uma carga de carvão, até seis garotos precisam transportar as sacas
ACNUR / A.McConnell
Anas, à esquerda, e Abdullah,
de 15 anos, usam uma espécie de peneira para remover a poeira e os pequenos
pedaços de carvão. O trabalho é pesado e sujo e os meninos não têm nada para protege-los
da poeira, que pode fazer mal à saúde
ACNUR / A.McConnell
Da esquerda para a direita,
Sultan, de 11 anos, Abdullah e Anas pesam e ensacam o carvão em sacos de 2 kg. Em dias normais, eles trabalham das 8h às 16h
ACNUR / A.McConnell
Talal, à esquerda, de 11 anos,
Sultan e Anas pesam e ensacam o carvão. Anas também trabalha em uma merceria, e
tem apenas um dia livre por semana
ACNUR / A.McConnell
Talal embala o carvão em
sacos de 2 kg. Em sua cidade natal, Homs, o menino era o melhor aluno de sua
turma. “Eu sinto falta da escola, principalmente das aulas de ciências. Eu
quero ser um médico cirurgião”, diz. “Fico muito entediado aqui. Quero voltar
logo para a Síria para poder ir para a escola”. Mas está orgulhoso de ajudar
sua família
ACNUR / A.McConnell
Anas carrega um saco de carvão
até o carro de um cliente em Bebnine. “Eu trabalho, trabalho e trabalho, às
vezes sete horas ou mais. Estou ajudando minha família a sobreviver, meus pais
estão felizes comigo, eu não poderia ajuda-los mais”, diz o garoto. Mas ele
sente falta da escola, principalmente das aulas de educação física
ACNUR / A.McConnell
Abdullah descansa na loja de
carvão em que trabalha, em Bebnine. Ele é de Homs e vive há mais de seis meses
no Líbano com o pai e 11 irmãos. Ele trabalhava com um soldador, mas prefere a
loja de carvão e seu atual chefe, que é como um segundo pai para ele
ACNUR / A.McConnell
Anas se limpa após um dia de
trabalho na loja de carvão em Bebnine. Assim como seus amigos, ele também sente falta da escola
ACNUR / A.McConnell
Anas se olha no espelho após terminar o trabalho na loja de carvão em
Bebnine
ACNUR / A.McConnell
Os colegas de trabalho
Sultan, Talal, Mustafa, Anas e Abdullah posam para foto em grupo em seu local
de trabalho. Os meninos sírios vivem com suas família em um assentamento
informal em Bebnine