"Meu pai se suicidou para nos libertar do Estado colombiano", diz filho de Pablo Escobar
Sebastian Marroquin fala sobre erros do pai, de 'Narcos', sobre seu livro e documentário e adianta próximo lançamento
Internacional|Do R7
Há 13 anos, o arquiteto colombiano Juan Sebastian Marroquin Santos, então com 26 anos, se casou com a mexicana María Ángeles Sarmiento, 30 anos, em um hotel de Buenos Aires, capital argentina. Por ser um casamento a céu aberto, a cerimônia teve que ser...
Há 13 anos, o arquiteto colombiano Juan Sebastian Marroquin Santos, então com 26 anos, se casou com a mexicana María Ángeles Sarmiento, 30 anos, em um hotel de Buenos Aires, capital argentina. Por ser um casamento a céu aberto, a cerimônia teve que ser autorizada pelo bispo local, Jorge Mario Bergoglio. Um momento singelo na bela capital portenha, não fosse o nome de nascimento do noivo, Juan Pablo Escobar, e o bispo viesse a ser conhecido dez anos depois como papa Francisco. A vida de Sebastian Marroquin (nome que ele adotou legalmente após a morte de seu pai, o famoso narcotraficante Pablo Escobar, em 1993) é desde sempre semelhante a um roteiro escrito por Quentin Tarantino sob inspiração criativa de Julio Verne
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![R7: Você cita brevemente a relação de Frank Sinatra com
tráfico de drogas e máfia. Poderia estender um pouco o assunto? E também dizer
se seu pai teve alguma relação com ele, mesmo que indireta?
S. M.: O que sei é o que está escrito no livro. De Frank [Sinatra] diziam que ele distribuía melhor [a droga] do que cantava.
R7: Você passou por muitas situações de risco e/ou ameaças de
morte. Até narra uma em que estava próximo da convicção de que morreria. Isso
terminou completamente? Ao menos do que você sabe.
S. M.: Nunca
saberemos. Espero que a sociedade enxergue melhor quem sou: um indivíduo, um
homem de paz. Não sou ameaça para ninguém. Estou fazendo o melhor que posso com
os escombros que herdei de meu pai](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/6ZC7UCRKDJNJZBMWVW7TUYPAVI.jpg?auth=f749a0bd0c6f0e6c55e4cfc519e9f081b6a86e3da1343c433551c4db0a852707&width=700&height=933)
![R7: Obviamente gostaria de saber o que achou de “Narcos”
efetivamente. Pode citar também os que considera os principais erros e acertos
do seriado?
S. M.: No meu próximo livro, a ser publicado ainda neste ano,
dediquei um capítulo aos mais de 28 erros [de Narcos]. Parte dele está
em meu post do Facebook chamado Narcos 2 e suas 28 Quimeras,
que foi lido por mais de 1,36 milhão de pessoas. Se os escritores não sabem nem
o time de futebol favorito de meu pai, não conhecem nada sobre ele. É uma visão
muito norte-americana que nada reflete o que vivemos, sofremos e aprendemos.
Com essa série estão fazendo a juventude acreditar que ser narcotraficante é
“cool”.
R7: Você chegou a ser consultado?
S. M.: A
Netflix preferiu comprar a versão da DEA [Drug Enforcement Administration,
agência de combate às drogas norte-americana]. Não a verdade. Ofereci
colaboração irrestrita antes de eles gravarem a primeira temporada, mas não se
interessaram. Juravam que sabiam tudo. E agora se mostra que não sabem nada
praticamente. Em meu livro se percebe que a história contada ali e a verdade
foram muito diferentes](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/KU5KIVYUQJJMDGF5LOMI67WLVA.jpg?auth=e5fa0e04ad9430fc73f695a8970ab64fae404628f9a4a5ff7c78996572a32406&width=1200&height=816)

