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Governo da Colômbia e Farc anunciam acordo final de paz

O acordo final, um texto de mais de 200 páginas, ainda deve ser enviado ao Congresso

Internacional|Do R7

Acordo considera itens como a desmobilização dos guerrilheiros
Acordo considera itens como a desmobilização dos guerrilheiros

O governo da Colômbia e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram a um acordo de paz definitivo após quatro anos de negociações em Cuba, o que põe fim a um violento conflito armado, informaram os países fiadores do acordo.

O histórico pacto para acabar com o enfrentamento de mais de 52 anos, que deixou 220 mil mortos e milhões de desalojados, considera a desmobilização dos guerrilheiros, o abandono das armas e a transformação das Farc em um movimento político.

"As delegações do governo nacional e das Farc-EP anunciamos que chegamos a um acordo final, integral e definitivo sobre a totalidade dos pontos da agenda do acordo geral para o encerramento do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura na Colômbia", afirmou comunicado conjunto lido pelos países fiadores.

O acordo final, um texto de mais de 200 páginas, ainda deve ser enviado ao Congresso, assinado pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e pelo líder máximo das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko", e submetido a um plebiscito para que os colombianos o referendem antes de ser implementado.


As pesquisas de opinião mostram que a maioria dos colombianos que iria às urnas votaria "Não", em uma rejeição dos acordos e do passado criminoso da insurgência.

O acordo de paz inclui questões complexas, como o acesso à terra para os agricultores pobres, garantias para a participação dos guerrilheiros desmobilizados na política, luta contra o tráfico de drogas, justiça, vítimas, fim do conflito e a implementação dos acordos.


Por que o acordo de paz entre Colômbia e Farc é histórico

"O término do conflito armado significará, em primeiro lugar, o fim do enorme sofrimento que o conflito causou", disse o embaixador norueguês Dag Nylander, ao ler um comunicado conjunto em nome dos países fiadores.

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