A Proteção Civil de Portugal informou, nesta terça-feira (20), que o número de mortos em decorrência do incêndio em Pedrógão Grande, no centro do país, aumentou para 64. O balanço de feridos, por sua vez, chega a pelo menos 157.
De acordo com o governo, o fogo continua ativo em quatro focos, nos distritos de Leiria e Coimbra. No entanto, as perspectivas são otimistas após o controle de 70% das chamas na última madrugada. As autoridades esperam dominar completamente o incêndio ainda hoje, segundo a rede portuguesa RTP Notícias.
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Neste momento, dois mil bombeiros, apoiados por meios terrestres e aéreos, trabalham para reduzir o fogo — que teria se iniciado pelo impacto de um raio em uma árvore seca.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou na segunda-feira (19) para que se concentrem os esforços em combater as chamas, em vez de discutir as causas e suas possíveis responsabilidades. "A prioridade agora é o combate ao incêndio e o apoio às vítimas e seus familiares", disse, acrescentando que "depois teremos todo o tempo do mundo" para debater outros assuntos.
Histórico
No sábado (17), um incêndio florestal se alastrou pela zona de Pedrógão Grande e chegou até a rodovia que liga Figueiró dos Vinhos a Castanheira de Pêra. Os carros que passavam pela estrada foram atingidos pelas chamas e seus ocupantes morreram carbonizados. Há ainda pessoas que foram a óbito após inalar a fumaça. O incêndio é considerado um dos maiores do país em décadas.
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